A maioria dos 83 reclusos que, na madrugada do dia 15 de Janeiro corrente, fugiram da Cadeia Distrital de Angónia, província central de Tete, ainda encontra-se a monte.
Por causa disso, a população vive num clima de tensão por temer o agravamento da criminalidade. Até ao momento, a Polícia da República de Moçambique (PRM) só conseguiu recapturar quatro dos fugitivos, algures ao longo da fronteira com o Malawi, enquanto outros 28 se entregaram voluntariamente nas autoridades.
Os fugitivos integravam um grupo de 163 reclusos que se encontravam detidos naquele estabelecimento prisional.
Eles aproveitaram-se da ausência do guarda no momento do crime, tendo destruído os cadeados do portão principal da prisão e, em seguida, puseram-se em fuga.
Após a evasão, a Polícia apelou às comunidades para colaborarem na denúncia dos fugitivos, caso fossem vistos, trabalho que terá resultado na recondução dos 32 indivíduos (28 voluntários e quatro recapturados) às celas, segundo disse o comandante distrital da PRM em Angónia, António Folowala.
“A colaboração da população tem sido a principal arma para o nosso sucesso. As comunidades rurais do distrito de Angónia, sobretudo os líderes comunitários, estão a trabalhar bastante nas buscas e mobilização da população para a denúncia dos esconderijos dos reclusos foragidos, o que está a permitir que, em pouco tempo, tenhamos reconduzido à cadeia este número de 32 reclusos”, disse Folowala, citado pelo jornal “Notícias” da Quinta-feira.
Segundo Folowala, trabalho similar está também em curso nos povoados fronteiriços do Malawi, onde a Polícia e os líderes comunitários estão a envidar esforços para a recaptura dos outros foragidos que possam estar escondidos naquele país vizinho.