Residentes duma cidade no sul da China correram para comprar água potável depois de os níveis excessivos de cádmio carcinogênico terem sido encontrados na fonte dum rio que abastece o local, relatou a mídia estatal, esta Quinta-feira, no mais recente escândalo de saúde a atingir o país.
A poluição dos riachos por resíduos tóxicos de fábricas e fazendas é um problema grave na China, levando as autoridades a clamar por políticas que exijam a eliminação da poluição por metais pesados, embora o problema não mostre sinais de estar a ser solucionado.
Os níveis de cádmio no rio Longjiang, na região autónoma de Guangxi Zhuang, chegaram a três vezes o limite oficial, Quarta-feira, afirma a agência estatal de notícias Xinhua, apontando como responsável uma mineradora.
Os níveis excessivos de cádmio foram detectados, último Domingo, disse a agência, acrescentando que as autoridades injectaram 80 toneladas de cloreto de alumínio, um agente neutralizante, no rio, numa tentativa de eliminar o factor de risco.
A China fechou uma indústria química na província central de Hunan em 2009 depois de os moradores terem protestado contra a poluição de cádmio, que matou duas pessoas e afectou centenas de outras.
Apesar das promessas frequentes de Pequim de reduzir a poluição, as autoridades locais, com frequência, colocam o crescimento económico, a renda e a criação de empregos acima das preocupações ambientais.