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‘@Verdade da Manhiça: Movimento solidário do FB

A chuva que assolou semana passada as cidades de Maputo e Matola bem como o resto do país semeou luto, dor e agravou ainda mais a condição de pobreza com que muitas famílias se debatem.

Ou seja, muitas famílias se soterraram na penúria serenas e aos prantos vendo as suas casas invadidas pela força das águas, culturas submersas e meios de sustento destruídos. Todavia, à superfície galgavam os problemas de escoamento das águas, ao que parece longe de serem resolvidos atendendo que se debatem desde Janeiro de 2010.

À semelhança de há dois anos, as imagens que passaram nas televisões foram chocantes: gente que dormia em cima das mesas e outra que nem isso conseguia para se contentar. Outra indignada e não pouca, desesperada.

As imagens, excessivamente desumanas, comoveram e mobilizaram um grupo de jovens moçambicanos da maior rede social do planeta, o Facebook, que decidiu unir-se em prol de uma causa: ajudar a quem mais precisa – vítimas das enxurradas – nas cidades de Maputo e Matola, numa primeira fase.

O grupo com designação de “Movimento Solidário do FB” que agora encerra a fase de constituição e com o plano já desenhado para seguir a acção (social) teve uma adesão explosiva naquela rede social, a primeira do género no país e conta desde já (até ao fecho desta coluna) com 452 membros (entre Deputados, Jornalistas, Artistas Culturais, Dirigentes, Funcionários Públicos, Economistas, Estudantes, Docentes, Empresários até aos mais anónimos).

A iniciativa é de louvar. E se depender da vontade, da pujança e entrega dos seus membros, será um sucesso absoluto e a diferença será efectivamente feita em prol do bem-estar do próximo.

É importante referir que o movimento já conta fora do Facebook com o aval, a parceira e o apoio de várias instituições de carácter solidário, social e comercial com especial destaque para a Cruz Vermelha de Moçambique, Rádio Moçambique, Jornal @Verdade, Canal de Moçambique, Shoppings e Escolas.

Como se percebe, qualquer um pode fazer parte do grupo independentemente de estar ou não cadastrado no Facebook. Para os cadastrados, aderir ao grupo é fácil bastando pesquisar “Movimento Solidário do FB” e solicitar a sua aderência ou fazê-lo a um amigo que já faz parte do mesmo. No fim da presente coluna podem ser encontrados os contactos para os que não possuem conta.

É importante referir que para ajudar não é preciso exactamente ser-se membro do grupo (embora haja mais-valia se fizer parte) pois foram colocadas em vários pontos públicos das Cidades de Maputo e Matola como Escolas, Lojas e Centros Comerciais, caixas com a designação e representação do “Movimento Solidário do FB” onde se pode efectuar o depósito dos produtos que, ao critério do solidário, ajudarão e minimizarão a situação precária das vítimas das enxurradas.

A ideia de se criar este movimento esteve sob alçada de Amelina Nhanchungue que admiravelmente conseguiu unir jovens de todos os segmentos religiosos, sociais e políticos. Gente que nunca se podia imaginar que convergiria em prol de uma causa e dividiria o mesmo espaço: um parêntesis.

Os responsáveis do grupo podem ser contactados através dos seguintes e-mails: anhachungue@ hotmail.comolga.joao2006@ hotmail.com,edgarmundulai@ gmail.com e pentchicodambuza@ gmail.com.

PS: Mesmo a fechar a coluna, o grupo já discutia a criação de um movimento satélite na capital da Zambézia, Quelimane, de Manuel de Araújo, com o mesmo propósito naquele ponto de país fustigado semana finda pelo ciclone tropical “Funso”

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