A adida comercial da Embaixada de Moçambique em Lisboa manifestou-se optimista quanto ao acordo sobre a venda dos 15% que Portugal ainda detém na Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB), mas não arriscou qualquer previsão temporal.
“Existe um entendimento político saudável, e julgo que os nossos dirigentes irão tomar a decisão correcta no momento correcto”, referiu Filomena Malalane, que falava, esta Terça-feira, em Braga, à margem duma conferência sobre oportunidades de negócios em Moçambique.
A diplomata assegurou que a mudança de governo em Portugal “não mudou nada” nas relações entre os dois países e nas negociações relacionadas com a HCB.
“Os nossos dirigentes têm clareza no que são os objectivos dos países, não mudou nada, as relações continuam a ser saudáveis”, frisou Filomena Malalane.
Disse ainda que “não há nenhum impasse” nas negociações e que nunca achou que esta fosse uma questão difícil de resolver.
“Julgo que encontrarão a solução adequada no momento adequado, disso tenho a certeza”, reiterou, afirmando desconhecer se a negociação estará fechada antes da privatização da REN.
Portugal e Moçambique ainda não chegaram a acordo sobre a venda dos 15 porcento que Portugal ainda detém na HCB, por questões técnicas e financeiras.
A diferente perspectiva dos dois países sobre o real valor dos 15 porcento das acções que o Estado português ainda detém na HCB estará a complicar um negócio que devia ter ficado fechado até ao final de 2010.
Segundo notícias veiculadas nos últimos meses em jornais portugueses e moçambicanos, Lisboa pretende que a venda seja feita a preços de 2006, quando reverteu a maioria do capital da HCB para Moçambique, o que significaria 140 milhões de euros. M
as para Moçambique as acções valerão apenas 117,5 milhões de euros, menos 22,5 milhões de euros do que a verba pretendida por Portugal.