As equipes de resgate encontraram o corpo duma mulher na parte submersa do navio Costa Concordia, anunciaram as autoridades italianas, este Domingo, elevando para 13 o número de mortos confirmados no acidente.
“Os mergulhadores encontraram outro corpo no deck 7, numa área com cerca de 10 metros de profundidade”, declarou um porta-voz da Autoridade de Protecção Civil.
Ele disse que o corpo foi encontrado por volta das 12h20 no horário de Brasília e que as operações de resgate estavam em andamento.
O navio, que transportava mais de 4.200 passageiros e membros da equipe, encalhou e afundou perto da ilha Giglio, na Toscana, enquanto o jantar era servido.
No momento, ele permanece deitado de lado sobre uma saliência submarina, meio submergido e a ameaçar escorregar para águas mais profundas.
Vinte pessoas ainda estão desaparecidas. Os procuradores afirmaram que Schettino conduziu o navio a 150 metros da ilha Giglio para realizar uma manobra conhecida como “saudação”, um cumprimento às pessoas da ilha. Ele admitiu ter chegado muito perto da costa, mas negou deter toda a responsabilidade, afirmando que outros factores podem estar envolvidos.
Segundo as transcrições publicadas pela imprensa italiana do seu interrogatório por procuradores, ele disse que imediatamente depois de atingir a pedra enviou dois funcionários para a sala de máquinas com o objectivo de verificar o estado do navio.
Assim que percebeu a escala dos danos, ele telefonou para Roberto Ferrarini, director das operações da Costa Cruises. “Eu disse a ele: envolvi-me numa confusão, houve contacto com o fundo do mar. Estou a dizer a verdade, passamos sob Gigio e houve um impacto”, disse Schettino.
“Não consigo me lembrar de quantas vezes liguei para ele na hora e nos quinze minutos seguintes. Em todo o caso, estou certo de que informei Ferrarini sobre tudo no tempo real”, disse, acrescentando que pediu à companhia para enviar rebocadores e helicópteros.
O presidente-executivo da Costa Cruises, Pier Luigi Foschi, afirmou que Schettino demorou emitir o alerta SOS e ordens de evacuação, além de ter dado informações falsas para a companhia.