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Sargento da Polícia na mira de expulsão acusado de fazer campanha para Manuel de Araújo

Um agente da Polícia da República de Moçambique, afecto ao Comando Provincial da Zambézia, no departamento das Comunicações, exercendo as funções de Técnico da Rádio HF, de nome Vasco Nheure Sumaila, poderá ser expulso das fileiras da corporação, acusado de ter feito campanha eleitoral pelo actual edil Manuel de Araújo e pelo partido Movimento Democrático de Moçambique (MDM).

A nota em poder do DZ, emanada da direcção de Investigação Criminal, indica que o agente Sumaila não compareceu ao seu local laboral no período de 21 de Novembro a 4 de Dezembro de 2011, sem justa causa, pondo em causa, os interesses policiais. E mais ainda, o agente é acusado de ter estado envolvido na mobilização, ou seja, na campanha eleitoral a favor do já eleito edil de Quelimane, Manuel de Araújo e o seu partido MDM.

O instrutor do processo, acusa o agente de ter prejudicado o estado moçambicano em proveito de interesses partidários, neste caso do MDM e o seu candidato, o que é incompatível com as funções da PRM.

Indo mais além do documento em poder do DZ, pode-se ver que o colega de Sumaila, neste caso Amadeu Natanga, terá feito um contacto telefónico e Sumaila alegou que estava com dores do pé, o que impossibilitava-lhe de ir ao posto de trabalho, o que na óptica da Direcção de Investigação Criminal, estas declarações são falsas, porque o visado não apresentou o documento médico.

No meio destas lufa-lufas todas, o Comando da PRM diz que os argumentos, sendo eles falsos, o arguido mentiu, ainda mais, tinha antecedentes e por ter faltado 13 dias ao posto de trabalho em prejuízo aos assuntos policiais, Sumaila é tido como culpado e de ter agido por livre e espontânea vontade, pois tem conhecimento das consequências.

O documento avança ainda que, o arguido não manifestou arrependimento das infracções disciplinares por ele cometido. “Nestes termos, ao arguido devia aplicar-se a pena de prisão disciplinar, mais agravada porque é o cúmulo disciplinar à medida adequada e, devido a gravidade das infracções, a sanção a aplicar-se deverá ser a pena máxima de expulsão, tendo em consideração o comportamento regular que consta no seu assunto biográfico” – remata a nota de culpa exarada pela Direcção de Investigação Criminal.

Este assunto tem criado um ambiente tenebroso no seio da polícia, porque muitos dizem que a chefia policial quer agradar o partido no poder. Foi notória a maneira como a polícia em Quelimane agiu aquando da campanha eleitoral, fazendo tudo para agradar a Frelimo.

Por várias vezes, só para lembrar, a PRM tentou impedir que a caravana do MDM e o seu candidato passassem pela rua onde está o Comando, argumentando leis que não existem.

E não só, no dia das eleições, a polícia esteve mal. Maltratou pessoas, disparou gás lacrimogéneo, deteve eleitores e pelo cúmulo disto tudo, esteve nas mesas de votação, acto que os Observadores Eleitorais criticaram muito no seu relatório.

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