Dois pandas gigantes levados, fim-de-semana, da China para a França, aparentemente adaptaram-se bem ao novo lar, e já encontraram tempo para um momento de intimidade no romântico cenário do vale do Loire.
Yuan Zi (cujo nome significa “gordinho”) engoliu em dois tempos o seu prato favorito, brotos de bambu, na jaula onde viverá a partir de agora, no ZooParc de Beauval, perto do rio Loire, considerado um dos 15 zoológicos mais bonitos do mundo.
Já Huan Huan (“feliz”) passeou pelo novo ambiente, aparentemente demarcando o território, antes de juntar-se ao parceiro entre bambus, na primeira demonstração de afecto em solo francês.
Os tratadores Rodolphe e Delphine Delord cruzam os dedos para que os pandas, que foram criados juntos e têm apenas três anos, sejam flechados pelo cupido, mesmo que ainda demore para que eles tenham pandinhas.
“Eles ainda não estão sexualmente maduros”, disse Rodolphe à Reuters. “Embora sejam geneticamente compatíveis, ainda teremos de esperar três anos para a primeira cria. Aí provavelmente serão gêmeos, como em 50 por cento dos casos com pandas.”
Yuan Zi e Huan Huan passarão dez anos emprestados ao zoo francês, num tradicional gesto diplomático da China para aproximar-se a outros países.
A China espera que a “diplomacia do panda”, instituída na década de 1950, contribua para a melhoria das relações com Paris, abaladas em 2008 quando os activistas pró-Tibete atrapalharam em Paris o percursos da tocha olímpica que seguia para Pequim.
A China sentiu-se ultrajada com o facto, e desde então o governo francês empenha-se numa reaproximação.