A exploração da mina de grafite de Ancuabe, na província nortenha de Cabo Delgado, deverá ser reactivada até 2014, segundo uma fonte do Ministério dos Recursos Minerais (MIREM).
A grafite de Ancuabe é bastante procurada no mercado internacional para produção de lubrificantes, lápis e produtos electrónicos, entre outras aplicações industriais.
O processo de reactivação da mina, paralisada há cerca de 12 anos devido a elevados custos de energia eléctrica, está orçado em 150 milhões de dólares norte-americanos, de acordo ainda com o MIREM.
A sua (re)operacionalização deverá culminar com a reabilitação de várias estradas para facilitar o seu escoamento, de acordo ainda com a mesma fonte.
Em declarações recentes ao Correio da manhã, o governador de Cabo Delgado, Eliseu Machava, assegurou que a produção e exportação do grafite de Ancuabe serão asseguradas pela firma alemã Graphit Kropfmuhl, depois da conclusão do estudo de viabilidade económica e ambiental, cujo término estava previsto para finais de 2011.
Machava disse ainda que aquele minério tinha mercado assegurado na China e Alemanha e que “o produto está em quantidades bastante comercializáveis”, salientou o governante, explicando que o interesse daqueles investidores resulta da recente extensão da rede eléctrica nacional para a região de Ancuabe.
Refira-se que a reactivação da mina de Ancuabe faz parte da lista de 27 empreendimentos dos sectores da Indústria Extractiva e Transformadora, Agricultura e Florestas, Água e Saneamento, Energia, Transportes e Comunicações considerados pelo Governo moçambicano como “projectos prioritários de investimento público” para serem executados até 2014.