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Arranha-céus e orgulho precedem a queda, diz um relatório

Há uma “relação pouco saudável” entre a construção de arranha-céus e as recessões financeiras, segundo um novo relatório da Barclays Capital. “Geralmente, os prédios mais altos do mundo são simplesmente o edifício dum boom na construção de arranha-céus, reflectindo uma má-distribuição generalizada de capital e uma correcção económica iminente”, diz o texto.

A construção do Empire State, em Nova York, em 1930, e das torres, em Kuala Lumpur, em 1997, e em Dubai, em 2010, foram todas seguidas por crises económicas, observou o documento.

“A conclusão das torres Petronas, em Kuala Lumpur, em 1997, foi seguida por uma crise económica regional e por um colapso das moedas asiáticas”, acrescentou.

Os investidores deveriam prestar atenção na China, adverte o Skyscraper Index, já que “a maior bolha de construções” está, actualmente, a erguer 53 por cento dos 124 arranha-céus planejados nos próximos seis anos.

A China tem, actualmente, 75 prédios prontos com mais de 240 metros de altura. A Índia acabou de erguer dois novos arranha-céus, com mais 14 ainda em construção.

As conclusões do relatório podem também ser preocupantes para os londrinos, que veem actualmente várias adições ao horizonte da cidade, inclusive a construção do que será o prédio mais alto da Europa ocidental, o “Shard”, de 310 metros de altura.

O relatório observou que o primeiro arranha-céu do mundo, o Equitable Life em Nova York, foi concluído em 1873 e coincidiu com uma recessão de cinco anos. Foi demolido em 1912.

Outros exemplos incluem a Willis Tower de Chicago, conhecida anteriormente como a Torre Sears, erguida em 1974, bem quando um aumento do preço do petróleo balançou a economia.

O prédio mais alto do mundo é o Burj Khalifa, em Dubai, com 828 metros, seguido do Taipei 101 com 508 metros e do Centro Financeiro Mundial de Xangai com 492 metros.

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