A produção de gás natural nos jazigos de Pande e Temane, na província meridional de Inhambane, passará, a partir do ano em curso, de 120 milhões para 149 milhões de giga joules anuais.
O Vice-Ministro dos Recursos Minerais, Abdul Razak, que anunciou o facto, disse que a iniciativa está inserida num programa de expansão do projecto, virado para o aumento da disponibilidade do hidrocarboneto no mercado nacional e internacional.
Na ocasião, Razak defendeu que, com o aumento da disponibilidade de gás natural, o país estará em condições de pôr em prática alguns projectos desenhados pelo Governo, como o da construção de uma central térmica em Ressano Garcia, com capacidade para gerar 140 mega watts (MW) de energia eléctrica.
A iniciativa, segundo o governante citado pelo Jornal “Noticias”, permitirá igualmente a viabilização do projecto de canalização de gás para consumo doméstico nas cidades do Maputo e da Matola e vila de Marracuene.
O Plano Económico e Social para 2012, define que o volume da produção de energia eléctrica será na ordem dos 15.500 giga watts por hora (GWh), o que contribuirá para o desempenho positivo da componente energia térmica, que se espera ver alcançado com contributo do gás natural da província de Inhambane.
A expansão da produção de gás em Temane e Pande permitirá, por outro lado, que haja um maior volume de gás para o mercado nacional e um aumento dos impostos actualmente cobrados pelo Governo moçambicano sobre a produção.
O valor dos impostos poderá ser pago quer em dinheiro quer em serviços, contribuindo para que um maior número de indústrias nacionais se beneficiem do gás de Pande e Temane.
Em jeito de balanço ao desempenho do sector em 2011, o vice-Ministro dos Recursos Minerais disse que o seu pelouro tinha a missão de aumentar a produção mineira e de hidrocarbonetos de maneira sustentável para gerar emprego e receitas.
O outro desafio visava promover a adição de valor a todos os produtos mineiros nacionais de forma a contribuir para a industrialização do país e criando ligações empresárias ente os recursos minerais e hidrocarbonetos e outras áreas afins.
“Em 2011 tivemos a produção em grande escala de carvão que vai contribuir para que haja outros empreendimentos colaterais, a exemplo de centrais térmicas e produção de hidrocarbonetos com base no carvão…”, disse Razak.
Actualmente, segundo o Vice-Ministro, prosseguem estudos técnicos e de viabilidade para as minas de fosfatos em Monapo, na província de Nampula, onde se sabe que existem reservas que só poderão ser exploradas após a conclusão do trabalho ora em curso.