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Desconhecidos assassinam casal empresário em Honde

O crime violento com o recurso a armas de fogo volta a afectar a província de Manica, depois de um período de relativo abrandamento. Em consequência disso, um casal empresário foi morto na região de Honde, distrito de Báruè, no último fim-de-semana, quando um grupo de assaltantes invadiu o seu estabelecimento comercial, onde exigiu bens. Devido à resistência oferecida pelas vítimas em não satisfazer os malfeitores, estes dispararam contra o casal que perdeu a vida no local.

Enquanto isso, no posto administrativo de Dombe, distrito de Sussundenga, bandidos munidos de três armas do tipo “AKM” assaltaram, ainda no mesmo fim-de-semana, um armazém de cereais, apoderando-se de cerca de 90 mil meticais. Nesta etapa de assalto não houve vítimas mortais, mas feridos em consequência de golpes desferidos pelos meliantes, os quais usaram catanas, indicou o porta-voz da Polícia em Manica, Belmiro Mutadiua, assegurando que acções estão em curso para estancar o mal e neutralizar os malfeitores.

Estes actos ocorreram pouco depois da neutralização, em Gondola, de um grupo que supostamente se dedicava à venda de pessoas e de órgãos humanos. O grupo, que integra uma mulher, está já detido no Comando Distrital da Polícia da República de Moçambique (PRM).

Naquele mesmo distrito, indivíduos até então desconhecidos assaltaram a Missão Católica de Amatongas, onde roubaram uma viatura pertencente a um padre. A viatura foi recuperada no distrito de Gorongosa, Sofala, mas danificada, pois os assaltantes envolveram-se num acidente, concretamente despiste e capotamento, resultando daí a morte instantânea de um dos comparsas, enquanto outro contraiu ferimentos graves.

Dada a gravidade dos ferimentos, este foi transferido para o Hospital Distrital de Nhamatanda, de onde veio a escapulir e recapturado na região do Inchope. No distrito de Manica, quatro indivíduos foram detidos, também no último fim-de-semana, acusados de assaltos a residências, donde retiraram vários bens, entre os quais electrodomésticos, utensílios de cozinha, mobiliário, chapas de cobertura, rádio de comunicação e telemóveis. O grupo integra duas mulheres.

Dados apurados pelo jornal Diário de Moçambique indicam que os larápios usavam picaretas para arrombar portas das residências escaladas e previamente seleccionadas. Destes quatro, um já está condenado a cumprir a pena de um ano, na Cadeia Distrital de Manica, vulgo Chirambandina. Do grupo consta um casal, Eduardo Sitoe e Laurinda Jaime, acusados de assaltos, guarda e venda de bens roubados. A outra apontada como elemento do mesmo grupo é Maria Sozinho, que é tia de Laurinda Jaime. Não foi possível apurar o nome do quarto elemento, também em cumprimento de pena.

Eduardo Sitoe referiu que para lograr os seus intentos o quarteto recorreu à magia para que as vítimas não se apercebessem dos assaltos que perpetravam na calada da noite, em período chuvoso. O porta-voz da Polícia, avançou ter sido graças à colaboração da população que foi possível a neutralização do grupo que aterrorizava os munícipes de Manica. Garantiu que acções neste sentido serão intensificadas e vão acontecer de forma permanente para a prevenção de casos criminais.

Uma moldura humana esteve presente nas instalações do Comando Distrital da PRM de Manica, onde as pessoas pretendiam recuperar os seus bens recuperados pela Polícia das mãos dos gatunos. Entre os populares que se dirigiram à sede da corporação constam Ana Francisco e Fernando Alberto, os quais viram seus pertences nas mãos dos larápios, nomeadamente mala de roupa, colchão, chapas de cobertura das suas residências, entre outros.

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