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Explosões de bombas matam pelo menos 73 pessoas no Iraque

Cinco explosões de bombas, esta Quinta-feira, nos bairros xiitas de Bagdad e numa localidade do sul do Iraque, mataram pelo menos 73 pessoas e deixaram dezenas de feridos, segundo fontes policiais e hospitalares.

Os incidentes ressaltam a preocupação com o reinício da violência sectária no Iraque, numa crise que começou no dia 19 de Dezembro, quando o primeiro-ministro do país, Nuri al-Maliki, xiita, pediu a demissão de dois políticos sunitas com cargos no governo.

A manobra coincidiu com o fim da ocupação militar norte-americana, e três dias depois os atentados mataram 72 pessoas nas áreas xiitas da capital.

No pior dos ataques desta Quinta-feira, um homem-bomba explodiu num posto de controle da polícia a oeste da cidade de Nassiriya, a 300 quilómetros de Bagdad, causando a morte de pelo menos 44 peregrinos xiitas e ferimentos a cerca de 81 outros, disse o director do conselho provincial, Qusay al-Abadi.

Os outros ataques ocorreram em Bagdad. Uma bomba deixada numa moto estacionada e outra colocada numa calçada explodiram no bairro pobre de Sadr City, deixando pelo menos dez mortos e 37 feridos.

A polícia disse que depois disso encontrou e desactivou outras duas bombas. “Havia um grupo de trabalhadores autónomos reunidos, esperando para serem contratados para um emprego. Alguém trouxe essa pequena moto e a estacionou nos arredores. Poucos minutos depois, ela explodiu, matou algumas pessoas, feriu outras e incendiou alguns carros”, disse um policial no local, sem se identificar.

Um repórter da Reuters viu manchas de sangue em torno do local da explosão, e rachas no asfalto. Ferramentas de trabalho e sapatos estavam espalhados ao redor.

A TV Reuters mostrou um pronto-socorro lotado de feridos e parentes das vítimas em Sadr City. Dois irmãos choravam abraçados no chão pela irmã morta. As outras duas explosões, causadas por carros-bombas, foram no bairro de Kadhimiya, deixando pelo menos 15 mortos e 32 feridos, segundo fontes policiais e hospitalares.

“As pessoas começaram a fugir das explosões, e outras corriam na direcção delas para procurar parentes. O incidente parecia uma peça, com pessoas a chorar, a gritar e a cair”, disse à Reuters o policial Ahmed Maati, que estava em Kadhimiya.

O departamento municipal de estatísticas de saúde informou que os atentados de Sadr City deixaram 13 mortos e 32 feridos, e que os de Kadhimiya mataram 16 pessoas e feriram outras 36.

O Iraque esteve à beira duma guerra civil em 2006/07, e ainda enfrenta uma insurgência da minoria sunita e a actividade de milícias da maioria xiita.

As autoridades locais disseram que os incidentes estão a ser investigados, e que ainda não há suspeitos a apontar.

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