Os jamaicanos votam, esta Quinta-feira, numas acirradas eleições gerais nas quais o primeiro-ministro Andrew Holness, no cargo há apenas dois meses, busca um mandato popular que o permita enfrentar os graves problemas económicos do país caribenho.
As pesquisas mostram que os dois partidos mais tradicionais do país, o Trabalhista (JLP) e o Nacional do Povo (PNP), disputam a liderança voto a voto, enfatizando questões económicas.Policiais e soldados estão de prontidão nas secções eleitorais de toda a ilha. Apesar do histórico de violência eleitoral, a actual campanha foi a mais pacífica dos últimos anos.
O trabalhista Holness, de 39 anos, ex-ministro da Educação, espera manter o seu partido centro-direitista no poder por um segundo mandato consecutivo. Mais jovem premiê da história jamaicana, ele tomou posse em Outubro, depois da inesperada renúncia do seu antecessor.
O PNP é dirigido por Portia Simpson Miller, que tornou-se, em 2006, a primeira mulher a chefiar o governo da Jamaica e que pretende fazer de Holness o mais efêmero primeiro-ministro da história local.
Embora tenha uma das mais desenvolvidas economias do Caribe, a Jamaica é um dos países mais endividados do mundo – mais de 120 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) -, e o desemprego saltou de 9,8 por cento em 2007 para 12,9 por cento na actualidade.
As eleições, um ano antes do prazo legal, foram convocadas por Holness no início de Dezembro, poucas semanas depois de sua posse, para que ele tenha um mandato mais claro para enfrentar a crise económica.
As urnas fecham às 17h (20h em Brasília), e as autoridades eleitorais devem anunciar o vencedor, com base nos resultados preliminares, antes da meia-noite (hora local).