O líder da Renamo, o maior partido da oposição em Moçambique, Afonso Dhlakama, convocou para amanhã, pelas 13 horas, uma conferência de imprensa, numa das instâncias hoteleiras da cidade de Nampula, com o propósito de dar a conhecer a situação actual da dita revolução que vem sendo propalada desde o mês de Março do presente ano.
Segundo soube a nossa equipa de reportagem em Nampula, o líder da Renamo quer fazer conhecer questões de fundo das manifestações, mesmo depois de ter dado os seus pronunciamentos apaziguadores da euforia das manifestações, feitas na última terça-feira, após a sua chegada de um périplo pelo centro do país. Neste momento reina no seio dos jornalistas em Nampula, sobre quais serão as informações a ser pronunciadas pelo líder da Renamo, pese embora os informadores estarem cansados de promessas falsas e enganosas.
Jornalistas aborrecidos com o “mesmo disco”
Contactos feitos pela nossa reportagem com jornalistas da praça afirmaram que o líder da Renamo usa os órgãos de informação para fazer a sua política, além de que usar informações não abonatórias que num outro sentido jogam um outro papel desestabilizador.
César Nacuo, jornalista do Instituto de Comunicação Social, entrevistado pela nossa reportagem a propósito da conferência de imprensa que foi esta quinta-feira anunciada pelo líder da Renamo, afirmou que o actual perfil político do líder da Renamo, aparenta ter vicissitudes estratégicas que consistem no uso abusivo dos órgãos de informação para alavancar o seu partido.
Jumito Zeferino, da Rádio Haq, avançou que o líder da Renamo não poderia estar agarrado com a imprensa, mas sim devia ir a base junto da população para medir a sua existência, se por ventura a população.
Sérgio Fernando, jornalista do Jornal Wamphula-Fax, compactua com os pontos de vista dos colegas entrevistados as ideias dos dois redactores onde depois acrescentou que só por usar informações proferidas pelo líder que haverá manifestações. Alias segundo Sérgio Fernando, como jornalista sente que esteja a incitar a violência com as declarações bombásticas do líder Afonso Dhlakama.
