Presente nos protestos em várias partes do mundo, da Primavera Árabe ao movimento “Ocupe Wall Street”, “O Manifestante” foi eleito nesta quarta-feira a Personalidade do Ano 2011 pela revista norte-americana Time.
A Time define a Personalidade do Ano como alguém que, para o bem ou o mal, influenciou os eventos do ano. “Existe um ponto crítico para a frustração global? Em toda a parte, ao que parece, as pessoas dizem que já chega”, disse o editor da Time, Rick Stengel, num comunicado.
“Eles discordaram; eles exigiram; eles não se desesperaram, mesmo quando as respostas vieram numa onda de gás lacrimogêneo ou uma chuva de tiros. Eles literalmente cultivaram a ideia de que a ação individual pode trazer mudança coletiva colossal”, disse ele.
Em quase todos os continentes, 2011 viu uma ascensão sem precedentes em manifestações populares e protestos tanto pacíficas como algumas vezes violentas. Houve manifestantes em uma longa lista de países, incluindo os levantes populares nas nações árabes, protestos na Índia, Israel, Chile, China, Grã-Bretanha, Espanha e os Estados Unidos.
O chefe do comando de Operações Especiais dos Estados Unidos, William Raven, que foi o comandante geral da missão secreta dos EUA no Paquistão, em maio, na qual foi morto o líder da Al Qaeda, Osama bin Laden, vem em segundo lugar na lista da Time.
O artista chinês dissidente Ai Weiwei é o terceiro colocado. No começo do ano ele ficou preso por 81 dias em um local secreto na China, o que provocou reações de indignação no mundo todo.
Em quarto aparece o presidente do comitê de orçamento da Câmara dos Deputados dos EUA, Paul Ryan.
A duquesa de Cambridge, Kate Middleton, que se casou em abril com o príncipe britânico William, encerra a lista da Time.