A Liga Muçulmana revalidou o título de campeão nacional de futebol quando faltavam duas jornadas para o término do Moçambola e situou o seu nome no olimpo do futebol moçambicano, colocando-se à altura do mítico Matchedje e deixando para trás clubes históricos como Textáfrica e o Têxtil de Púnguè. Os militares desceram de divisão da pior forma: na secretaria…
O Maxaquene, uma equipa com maiúsculas ameaçou acabar com a supremacia muçulmana, mas claudicou ante um adversário tremendamente superior, que teve Nelson, Hagy e Telinho como motores do seu triunfo.
O caso…
O chamariz da derradeira jornada do Moçambola era a luta pela permanência entre o Incomáti de Xinavane e o Matchedje, mas a Liga Moçambicana de Futebol reduziu o espectáculo a luta pelos melhores marcadores. Ao atribuir três pontos ao concorrente directo dos militares, o Incomáti, restava saber quem seria o melhor marcador do Moçambola.
Contudo, o timing da divulgação do castigado aplicado aos muçulmanos e consequente perda de pontos deixou pairar no ar uma suspeita. A equipa técnica, por exemplo, acredita que a situação foi orquestrada pensando na hipótese de uma igualdade pontual entre a Liga e um eventual adversário. Efectivamente, se à entrada para última jornada a Liga estivesse em igualdade pontual ou numa situação de vantagem mínima, essa retirada de pontos prejudicaria o trabalho de uma época. Mas como a Liga construiu uma vantagem confortável, o único prejudicado foi o Matchedje que desceu de divisão sem entrar em campo.
O comunicado da LMF refere que os primeiros quatro amarelos vistos por Narciso, quando representava o Ferroviário de Nampula, foram exibidos diante do Desportivo (1a jornada), Chingale (6a), Costa do Sol (9a) e Liga Muçulmana (11a). O quinto amarelo, esse, teve lugar no campo do Costa do Sol, no dia 30 de Julho. Estranhamente, o comunicado oficial 98/LMF/D/2011 afirma que Narciso teria visto o primeiro amarelo no jogo com o Costa do Sol. O Incomáti beneficiou-se desse erro para desgraça do Matchedje.
Soarito menos batido
Soarito voltou a ser o guarda-redes menos batido. Fez 21 jogos, nos quais atingiu 1890 minutos em campo e sofreu 13 golos. Por outro lado, Gervásio, do Ferroviário da Beira, sofreu um golo a mais, mas também disputou menos minutos. No total o guarda-redes dos locomotivas da Beira disputou 1530 minutos. Com mais minutos, mais jogos e mais golos sofridos está Leonel. O guarda-redes alvi-negro disputou 23 partidas, sofreu 19 golos e esteve em campo 2070 minutos.
Betinho
Betinho corou-se o rei dos marcadores com 15 golos, mas quatro do que os seus concorrentes mais próximos. Dário e David, ambos com 11 golos. À entrada da última Betinho tinha 13 golos, mas marcou dois na goleada ao Desportivo de Maputo. Dário também bisou, mas o esforço serviu-lhe apenas para alcançar David na tabela. Em terceiro quedaram-se Luís e Eboh, ambos com 10 golos.