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Jorrou água nas torneiras de Mocuba

Há mais de quatro meses, os munícipes da cidade de Mocuba, não sabem o que é água canalizada. As crianças que nasceram nos últimos meses, nem sequer receberam o primeiro banho com água das torneiras, mas sim água tirada do rio Licungo.

Vários debates foram realizados na cidade de Mocuba, tudo para perceber o porquê desta falta de água na segunda cidade. O rio Licungo suportou, e de que maneiras, a avalanche dos munícipes de Mocuba, que não tendo outra alternativa, recorriam a aquele rio como uma salvação, e que na verdade era.

Quando se perguntava aos governantes de Mocuba, cada um lançava a culpa para outro. Por exemplo, o Conselho Municipal local, dizia que o problema da falta de água naquela cidade ultrapassava as suas capacidade financeiras e a única solução que via era esperar os fundos do MCA.

O governo distrital também não tinha justificações palpáveis, dizia que não constava nos seus planos. E quem sofria com isso tudo eram os munícipes. Em Mocuba vivia-se um verdadeiro salve-se quem puder.

Os que podiam, buscavam água de Mugeba, quase 35 senão 45 km de estrada. Outros, aqueles que têm mais musculatura, buscavam mesmo no rio Lugela, mas para isso, tinham que usar meios de transporte.

Foi ou tem sido assim. Mas ontem, O Diário da Zambézia recebeu chamadas vindas de Mocuba, segundo as quais já jorrava água nas torneiras dos munícipes. Verdade? Sim, já jorra água, senhor jornalista.

E esta quinta-feira, o DZ voltaou a efectuar a comunicação com Mocuba, e alguns munícipes disseram que a água só saiu Quarta-feira. Estes entendem isso como apenas uma manobra para que os munícipes não se zanguem, já que, Quarta-feira, o país parou para celebrar os 25 anos após a morte do primeiro presidente da República Popular de Moçambique, Samora Machel.

As tentativas de ouvir a direcção da empresa Águas de Mocuba foram infrutíferas, mas o governo de Mocuba, anunciou ter adquirido três electrobombas para o sistema.

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