O embarque das primeiras 35 mil toneladas de carvão mineral de Moatize, província central de Tete, a serem exportadas pela mineradora brasileira Vale, está previsto para 03 de Setembro próximo.
O navio que vai transportar a carga já se encontra ancorado ao largo do Porto da Beira, na província de Sofala, também Centro de Moçambique.
Neste momento, segundo escreve hoje o Diário de Moçambique, editado na cidade da Beira, estão em armazém 13600 toneladas, que foram transportadas por sete comboios a partir de Moatize, na província de Tete.
O director executivo da empresa CFM-Centro, Cândido Jone, citado pelo jornal, disse que ainda não estão a chegar à Beira os três comboios diários anunciado pelo Presidente do Conselho de Administração da empresa Caminhos de Ferro (CFM), Rosário Mualeia, no passado dia 9 de Agosto, aquando da recepção do primeiro comboio carregando 2.600 toneladas do minério. Jone explicou que só é possível um comboio diário e, mesmo esse, com alguma irregularidade.
“Até agora, desde que iniciou o processo de escoamento, está-se num processo de teste do equipamento, mas também a exploração não atingiu índices elevados, havendo por isso pouco mineral para transportar”, disse.
A fonte avançou que para que sejam completadas as cerca de 35 mil toneladas a serem embarcadas no Orion Express (nome do navio ancorado no Porto da Beira) serão necessários pelo menos mais nove comboios, com cerca de 1.957 toneladas cada.
Jone chamou atenção para a confusão que se tem estado a fazer em relação ao peso e tonelagem das embarcações que podem atracar no porto “porque, em relação ao carvão, ele vai ser transportado até ao alto mar por embarcações pequenas, até 35 mil toneladas, e depois transbordado para os de grande calado no alto mar, uma vez que estes estão impedidos de entrar no recinto portuário por causa do seu tamanho, variação de marés e a pouca profundidade do canal”.
Segundo a fonte, mesmo a Riversdale, mineradora australiana que também projecta para breve o início do escoamento do seu carvão explorado na região de Benga, distrito de Moatize, vai usar o processo de transbordo, com a utilização de barcaças.
Para o efeito, a Riversdale contratou a empresa Impacto, que se dedica a estudos de impacto ambiental, que juntamente com a ERM efectuaram uma avaliação do impacto ambiental do Projecto de Transbordo de Carvão no Porto da Beira, cujo relatório foi recentemente apresentado e discutido publicamente na cidade da Beira.