As autoridades sul-africanas detiveram, sexta-feira, treze funcionários alfandegários e seis polícias, todos sulafricanos, indiciados de corrupção no posto fronteiriço de Lebombo/Ressano Garcia, que separa Moçambique da Africa do Sul.
Segundo reportou a imprensa sul-africana, a detenção daqueles funcionários e agentes da polícia é a mais recente de uma série de outras já realizadas no âmbito de uma operação denominada Mahlabanddlhovu.
“Todos os detidos cooperaram connosco, não nos deram problemas”, afirmou o portavoz da polícia sul-africana, o tenente-coronel Leonard Hlathi, citado pela estação emissora nacional Rádio Moçambique.
Segundo Leonard Hlathi, foram encontrados nos carros de duas funcionárias agora detidas vários documentos, passaportes e equipamento para o registo de impressões digitais, incluindo almofadas de tintas.
Um dos detidos foi encontrado na posse de um pacote com passaportes paquistaneses, suspeitando-se que acabava de receber suborno para deixar entrar aqueles estrangeiros, sem vistos de entrada.
As fontes policiais sul-africanas acreditam que o “negócio” na fronteira de Lebombo/Ressano Garcia poderia estar a render cerca de dez mil randes aos funcionários detidos nesta operação.
Nos últimos dois anos, 15 pessoas foram detidas naquele posto fronteiriço, reputado como o ponto de entrada mais corrupto da África do Sul.