Os cerca de 1260 trabalhadores da extinta empresa Transportes Públicos do Maputo (TPM) terão o aumento salarial de 17,5 porcento, tal como vinham reivindicando há semanas, contrariamente aos oito atribuídos. A decisão, efusivamente aplaudida pela massa laboral, foi lhes comunicada a meio da tarde desta terça-feira, num encontro presidido pela vice-ministra dos Transportes e Comunicações, Manuela Rebelo.
Os TPM integram o grupo salarial número sete, referente aos serviços não financeiros, cujo aumento salarial foi estabelecido em 17,5 porcento. Mas em Julho, altura em que o ajuste devia ser feito, a direcção da empresa comunicou aos trabalhadores que o incremento seria de apenas 8 porcento. António Manganhela, um dos membros do órgão sindical dos trabalhadores dos TPM, disse que no encontro foi explicado que o Estado vai assegurar os 8 porcento e a empresa, através de um “mecanismo interno”, pagará os 9,5 porcento de diferença.
Desta forma, volta-se ao cenário que vinha caracterizando aquela transportadora pública nos últimos anos, em que o Estado pagava o referente ao acréscimo decretado para a Função Pública e localmente cobria-se a diferença para que os trabalhadores saíssem com os rendimentos equiparados aos do grupo correspondente.
A fonte acrescentou que os 17,5 porcento começam a ser pagos a partir deste mês, ao mesmo tempo com efeitos retroactivos de 9,5 por cento de diferença a contar a partir de Julho. O anúncio de ontem veio pôr fim ao espectro de greve geral que desde meados de Julho ensombrava a extinta TPM, que deverá ser repartida em duas empresas municipais uma na cidade de Maputo e outra na Matola.