O Governo moçambicano, com o apoio do Japão, vai investir cerca de 65 milhões de dólares norte-americanos na construção de terminal no porto de Maputo, para a recepção de gás de cozinha.
De salientar que o gás de cozinha que é consumido em Moçambique é produzido na base do petróleo, daí a denominação de Gás de Petróleo Liquefeito (GPL).
O Ministro da Energia, Salvador Namburete, que revelou a informação, Quarta-feirae, a jornalistas, em Namaacha, província de Maputo, sul de Moçambique, disse que o terminal contará com um pipeline e, ainda, uma secção de enchimento de botijas.
Namburete, que falava a margem do VII Conselho Coordenador do Ministério da Energia, iniciado hoje naquela vila municipal, explicou que neste momento o país enfrenta muitas limitações na importação do gás por ausência de um terminal para receber navios transportando gás.
“Estamos a desenvolver no Porto de Maputo um projecto de recepção, armazenagem e enchimento de botijas com gás doméstico, para permitir que, no futuro, haja economias de escala na recepção de gás”, referiu.
Moçambique importa gás doméstico da vizinha África do Sul que é transportado por camiões cisterna e/ou em vagões de comboios.
“Nós importamos gás doméstico da África do Sul porque neste momento o país não tem nenhum terminal para receber gás por navio, e cada vez que lançamos um concurso de fornecimento de gás doméstico, os países que não estão fisicamente ligados a Moçambique por estrada e linhas férreas automaticamente ficam excluídos e não concorrem porque a limitante é que este gás tem que ser fornecido por camiões cisterna ou em vagões”, explicou.
O Ministro acrescentou que “com a construção de um terminal de recepção poderemos ampliar o leque de participação de fornecedores e por consequência baixar o custo de gás enquanto o país não possuir capacidade de enchimento das botijas com o nosso próprio gás natural”.
Namburete não avançou datas para o arranque do projecto, mas sabe-se que o financiamento está garantido. Enquanto isso, outros investimentos, não quantificados, estão em curso na reabilitação e construção de infra-estruturas de armazenamento e transporte de combustíveis líquidos fosseis e biocombustíveis.
De referir que ao longo dos últimos cinco anos, no âmbito da promoção da construção de infra-estruturas de transporte e armazenamento de produtos petrolíferos, o sector de energia concluiu o Projecto INPETRO (International Petroleum Terminal), com uma capacidade de armazenamento de 95 mil metros cúbicos.
Este terminal está localizado na Munhava, cidade da Beira, província central de Sofala, e já se encontra em operação.