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Copa América: Uruguai goleia Paraguai e acaba com jejum

Copa América: Uruguai goleia Paraguai e acaba com jejum

Acostumado a viver apenas das glórias do passado nas últimas décadas, o Uruguai pode agora vibrar com o presente. Com a raça e um dia inspirado de Luis Suárez e Diego Forlán, a Celeste impôs o seu favoritismo diante do Paraguai, que chegou à decisão sem ter vencido uma partida sequer, derrotou o rival por 3 a 0 e assegurou o título da Copa América em futebol, no estádio Monumental de Nuñez, em Buenos Aires.

O caneco, erguido por Lugano, garantiu a supremacia no continente à Celeste, dona agora de 15 conquistas, e ainda coroou os nomes de Suárez e Forlán. Autora dos golos do triunfo, a dupla de atacantes, que já havia brilhado na ótima campanha do Mundial da África do Sul, foi fundamental no resgaste do futebol uruguaio e entrou de vez na lista de ídolos do país ao lado de lendas como Obdulio Varela, Ghiggia e Francescoli

. Com dois golos na partida, Forlán, por sinal, tornou-se no maior artilheiro da história do país com 31 golos ao lado de Scarone e igualou o feito do pai e do avô: o jogador é neto de Juan Carlos Corazzo, campeão da Copa América como técnico da Celeste em 1959, e filho de Pablo Forlán, vencedor como atleta em 1967.

A final

Considerado favorito para o confronto, o Uruguai entrou com o forte apoio da claque, maioria nas arquibancadas do estádio Monumental de Nuñez que, há pouco menos de um mês, era palco do drama do River Plate. Dono da “cancha”, a equipa portenha empatou por 1 a 1 com o Belgrano e foi rebaixado à Segunda Divisão do Campeonato Argentino. Com a força da sua “hinchada”, a Celeste começou a pressionar.

Logo com um minuto, Suárez, na base dos trancos e barrancos, dividiu com os defesas e chutou apertado. Pontapé de canto. Na cobrança, Forlán colocou na cabeça de Lugano que cabeceou com a testa para defesa parcial de Justo Villar. Na recarga, Coates arrematou para o médio Ortigoza que, de mão, evitou a abertura do placar. O árbitro Sálvio Spínola, tapado por vários jogadores, ignorou o pênalti.

A jogada assustou o Paraguai que, acuado no seu campo de defesa, limitava-se a conter as investidas uruguaias e colocar a bola ora para lateral, ora para canto. E a insistência e apetite uruguaio acabaram dando resultado. Diego Pérez cruzou para o meio da área e a bola desviou num defensor, caindo redonda nos pés do artilheiro Suárez, que estava aberto no lado direito. O camisa 9 dominou, fintou um adversário e chutou sem chances para Villar aos 11.

Com a desvantagem, o Paraguai tentou sair para o jogo e, aos 15, conseguiu a sua primeira chance com Váldez desviando para fora um cruzamento de Vera. Aos poucos, o Paraguai equilibrava a partida, mas sem assustar Muslera. O Uruguai, por sua vez, chegava com perigo e, aos 32, quase ampliou com Forlán após lindo passe de Suárez. O camisa 10 acabou chutando mal para intervenção de Villar. Cinco minutos depois, Suárez teve nova oportunidade, mas acabou arrematando para fora.

Forlán acaba com jejum de golos

Melhor em campo novamente, o Uruguai acabou fazendo o segundo antes do término do primeiro tempo. O médio Arévalo roubou bola na intermediária e tocou para Forlán, com um chute forte e seco, fazer 2 a 0 aos 41. Festa absoluta do atacante que, depois de 12 jogos, voltou a marcar com a camisa celeste. O seu último tento tinha sido na disputa do 3º lugar da última Copa, em julho de 2010.

Menos recuado em relação ao primeiro tempo, o Paraguai, que não contava com o seu técnico no banco de reservas (Gerardo Martino cumpria suspensão por uma expulsão na semifinal diante da Venezuela), voltou para a etapa final a correr atrás do prejuízo. O Uruguai, por sua vez, colocava-se bem na defesa e não deixava o rival pressionar. Porém, num chute de fora da área, quase os Guaranis diminuíram aos nove. Haedo Váldez dominou na intermediária e rematou acertando o travessão de Muslera que, até então, só observava o jogo.

O lance, entretanto, não abateu os uruguaios que, com o resultado ao seu favor, seguiam cozinhando a partida, enquanto os paraguaios, na base da vontade, tentavam colocar fogo no duelo. Porém, quem quase incendiou o Monumental mais uma vez foi Suárez. Após passe de Cavani, o atacante chutou para defesa espetacular de Villar aos 29 da etapa complementar.

Nos minutos finais, a equipa do técnico Oscar Tábarez controlou ainda mais o duelo e, aos 44, fez o terceiro novamente por Forlán. Com o apito final, o estádio Monumental transformou-se num pedaço do Uruguai. Um estádio celeste que não presenciou um título tão importante como uma Copa do Mundo, mas tão significante quanto para a claque e jogadores como Lugano, Loco Abreu, Forlán, Suárez, Arévalo, Muslera e outros.

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