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Trabalhadores da empresa de segurança ‘G4S’ suspendem greve

O comité sindical da empresa de segurança privada G4S desconvocou temporariamente a greve que estava agendada para esta quarta-feira na cidade e província de Maputo, Sul de Moçambique. A medida foi decidida, Segunda-feira, depois de uma reunião entre os trabalhadores da empresa e o sindicato, na qual se chegou a conclusão de que ainda não havia condições para se avançar para a paralisação laboral que o Ministério do Trabalho disse, Sexta-feira, que seria ilegal.

Boaventura Mutemucuio, secretário do comité sindical da G4S, é citado pelo jornal “Noticias” a revelar que a greve foi desconvocada, primeiro para garantir a integridade e segurança dos trabalhadores e, por último, dar mais espaço para envolver mais pessoas nas negociações com a direcção da empresa.

“Tememos pela nossa segurança e como a nossa pretensão já foi considerada ilegal decidimos não avançar com a greve para evitar que os nossos colegas sejam agredidos alegadamente por estarem a perturbar a ordem pública”, disse Mutemucuio.

Na conferência de imprensa havida Sexta-feira última, o inspector-geral do Trabalho, Joaquim Siuta, disse não ser nada bom para o país quando 13 mil homens que trabalham com instrumentos e meios perigosos (armas) agem desta maneira, porque “manusear estes materiais exige prudência”.

Mutemucuio esclareceu que a convocação da greve dura até ao próximo dia 18 e, até lá, o comité sindical vai continuar a negociar com a entidade patronal para melhorar a situação laboral.

As principais preocupações dos trabalhadores, de acordo com a fonte, prendem-se com os descontos salariais que vão sofrer com a redução da carga horária a ser introduzida na empresa e, em segundo, pelo facto de a entidade patronal estar a implementar medidas que ainda estão a ser negociadas.

“Estamos a discutir a manutenção do horário de trabalho, mas a direcção já está a punir alguns colegas que não estão a aceitar trabalhar no novo regime de oito horas diárias”, disse a título elucidativo, apontando que “foi essa situação que nos levou a emitir um pré-aviso de greve”.

Mutemucuio revelou que, até à última Sexta-feira, o comité sindical da empresa ainda não tinha sido formalmente comunicado, pelo Ministério do Trabalho, sobre a ilegalidade da pretensão de realizar uma greve que juntaria mais de oito mil trabalhadores da cidade e província do Maputo.

O sindicato da empresa, segundo Mutemucuio, emitiu o pré-aviso para a greve no passado dia 5 para exigir a solução de uma série de questões, entre as quais o pagamento das horas extras, o tempo de descanso e de separação dos turnos e ainda a liberdade de gozar mais 30 minutos de descanso durante a jornada laboral.

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