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Rebeldes e forças pró-Khaddafi travam pesados confrontos no oeste do país

Pesados confrontos entre rebeldes e forças leais ao líder líbio, Muammar Khaddafi, irromperam este sábado nas montanhas no oeste da Líbia, num momento em que os insurgentes tentam avançar em direção à capital, Trípoli. Disparos de artilharia e a contínua troca de tiros podiam ser ouvidos no vilarejo de Bir Ayad, situado 15 quilômetros ao sul da linha de frente da localidade de Bir Ghanam.

Os rebeldes de Bir Ghanam controlam a parte elevada na periferia da cidade, sua posição mais próxima de Trípoli, que fica a cerca 80 quilômetros de distância. Em Bir Ayad, o combatente rebelde Ahmed disse que um comboio de aproximadamente 15 veículos das forças de Khaddafi tentou se aproximar de Bir Ghanam, mas os insurgentes dispararam contra eles, repelindo-os. O comboio recuou depois de cerca de uma hora de tiroteio. “A princípio, vinham numa coluna, mas quando começamos a atirar eles se dividiram em grupos de três ou quatro veículos, e todos eles fugiram”, afirmou à Reuters o comandante rebelde na área, Fathi Alzintani.

Os insurgentes posicionados nas Montanhas Ocidentais obtiveram progresso nas últimas semanas na reação às investidas das forças de Khaddafi. A sua próxima meta é Garan, uma cidade de onde se controla a rodovia sul para Trípoli. Mas os rebeldes vêm sendo abalados por divisões internas, problemas de suprimento e disciplina precária. Em Brega, porto petrolífero no leste da Líbia, controlado atualmente por forças de Khaddafi –depois de ter trocado de mãos por várias vezes–, dez rebeldes foram mortos e 172 feridos ao tentarem retomar a cidade, informou a TV árabe Al Jazeera. Em Misrata, principal reduto rebelde no oeste, três insurgentes foram mortos e quatro ficaram feridos nas últimas 24 horas, segundo fontes hospitalares.

No campo político, Khaddafi vem buscando demonstrar que possui amplo apoio nas áreas que controla. A TV estatal líbia mostrou imagens de manifestações de milhares de pessoas em apoio ao governo, em Trípoli e outras localidades. Os líderes rebeldes receberam na sexta-feira um impulso em sua ação para destituir Khaddafi, ao serem reconhecidos pelos Estados Unidos e outras potências como o governo legítimo da Líbia. Países ocidentais informaram ainda que pretendem aumentar a pressão militar sobre as forças de Khaddafi para pressioná-lo a ceder o poder, depois de 41 anos à frente do país.

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