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Líbia rejeita mandado internacional de prisão contra Khaddafi

A Líbia rejeitou a decisão do Tribunal Penal Internacional (TPI) de emitir um mandado de prisão contra o líder líbio, Muammar Khaddafi, esta segunda-feira, ignorando a autoridade da corte internacional sediada em Haia. “A Líbia… não aceita as decisões do TPI, que é uma ferramenta do mundo Ocidental para julgar líderes do Terceiro Mundo”, afirmou o ministro da Justiça líbio, Mohammed Al-Qamoodi, durante entrevista coletiva em Trípoli.

“O líder da revolução e seu filho não têm nenhuma posição oficial no governo líbio e, portanto, não têm conexão com as acusações do TPI contra eles”, acrescentou. Khaddafi não tem um cargo formal no sistema político da Líbia, apesar de liderar o país há mais de 41 anos.

A corte aprovou mandados de prisão contra Khaddafi, o seu filho Saif al-Islam e o chefe da inteligência líbia, Abdullah al-Senussi, por acusações de crimes contra a humanidade. Promotores do tribunal alegam que os três estiveram envolvidos na morte de manifestantes que se revoltaram em fevereiro contra o governo de Khaddafi, que está há 41 anos no poder. A juíza que preside o tribunal, Sanji Mmasenono Monageng, disse que Khaddafi e o seu filho foram acusados de terem “concebido e orquestrado um plano para impedir e reprimir por todos os meios as manifestações civis” contra o regime. Senussi foi acusado de ter realizado ataques.

Embora a decisão provavelmente não levará à prisão de Khaddafi enquanto ele permanecer no poder e dentro da Líbia, ela foi bem vista pelos rebeldes líbios e pelos aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) como sinal de que Gaddafi não tem mais legitimidade para governar.

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