O Primeiro- Ministro moçambicano, Aires Ali, disse que o país está estável não havendo, por isso, pertinência para a introdução da cesta básica para mitigar a alta de preços no mercado internacional.
Aires Ali adiantou que o Governo está a gerir a situação em função da evolução dos preços no mercado internacional e que se o preço do combustível disparar o Executivo vai tomar outras medidas para mitigar os efeitos dessa subida.
“Nós vamos analisar a realidade em função da situação. Se o preço do combustível disparar amanhã, vamos tomar outras medidas. Nunca dissemos que a introdução da cesta básica era um dado certo”, explicou Ali, citado pelo diário “O Pais”.
O Primeiro-Ministro vincou que o Governo está preparado para gerir a situação em função da evolução dos preços no mercado internacional e que se os preços dispararem ao ponto de exigirem que se introduza a cesta básica, esta será introduzida.
Importa referir que o Governo apresentou recentemente uma proposta de orçamento rectificativo a Assembleia da Republica, no qual a cesta básica tem uma dotação de 335,6 milhões de meticais (cerca de 11,7 milhões de dólares). “Neste momento, o país está estável! Não há razão para alarme”, assegurou Aires Ali.
Refira-se que o Governo em Março último anunciou a introdução da cesta básica alegando que não tinha capacidade para manter as medidas de longo prazo que vinha implementando desde 2008, para conter a alta do custo de vida, ditado pelas crises de alimentos e financeira mundial.
Para contornar esta falta de capacidade o executivo decidiu avançar para a tomada de medidas mais direccionadas que incluem a introdução da cesta básica e do subsídio (passe) de transporte.
O facto, segundo justificou o Governo, é que estas medidas que vinham sendo observadas, desde 2008, eram generalizadas e bastante onerosas, por conseguinte, de manutenção impossível a longo prazo, dai a decisão de direccionar o seu apoio as camadas mais vulneráveis, com a introdução dos subsídios de cesta básica e de transporte.