O Presidente Armando Guebuza diz que o Governo está a trabalhar numa estratégia que permitirá melhorar ainda mais a situação da instabilidade criada pela presença dos homens armados da Renamo no distrito de Maríngue, província central de Sofala.
Na mesma conferência de imprensa, Guebuza não especificou o tipo de estratégia adoptada, mas avançou que há dois anos que as provocações dos homens armados reduziram.
“Não posso revelar a estratégia porque isso pode anula-la. Mas estamos a trabalhar para melhorar ainda mais esta situação”, afirmou Guebuza que durante os comícios populares que orientou foi várias vezes confrontado com este problema, principalmente nos distritos de Maríngue e Cheringoma, antigos bastiões da Renamo durante a guerra civil dos 16 anos e que terminou em 1992.
Em Maríngue, por exemplo, das dez pessoas que foram ao pódio interagir com o estadista moçambicano, duas falaram em tons variados sobre este problema.
O primeiro queixou-se do facto de a presença daqueles homens estar a ‘sujar’ o bom nome dos que dia após dia se esforçam em combater a pobreza, e, o segundo, testemunhou que a Renamo ainda mantém um forte arsenal, em Maríngue, para além de cerca de 450 homens.
Este último indicou que viveu nessa tal base durante 30 anos mas que decidiu se libertar e se juntar aos que querem trabalhar para ganhar a vida honestamente, contribuindo para o desenvolvimento do país.