Ao que tudo indica, a exclusão social é mesmo uma realidade, embora alguns círculos de opinião, sobretudo aqueles que estão no poder ou por outras, os escovistas, não acreditem nisso.
Na comunicação social também há essa exclusão. Se na nossa edição de terça-feira falávamos de membros do governo da Zambézia que já não sentam nos gabinetes por causa da vinda do presidente da República, Armando Guebuza, desta vez, as coisas agudizam-se no seio da imprensa.
A dita imprensa que não tem poupado em falar verdades do que se passa um pouco pela Zambézia e que naturalmente não é vista como pró-governamental, foi excluída da visita do PR.
Esta acção é liderada pelo Instituto de Comunicação Social (ICS), que, esta terça-feira, reuniu-se com a imprensa que muitas vezes comunga no mesmo altar com o poder para lhes dar as pistas de como é que a visita vai decorrer e possivelmente um pouco de puxão de orelhas sobretudo aos jornalistas das chamadas rádios comunitárias localizadas na cidade de Quelimane.
Dos excluídos, constam o Diário da Zambézia, por sinal único jornal da província até agora, o correspondente do Zambeze e Canal de Moçambique, entre outros colaboradores de alguns midias previamente conhecidos.
Esta acção do ICS, claramente a mando do poder em não convidar aqueles tidos como pedra no sapato, mostra que afinal a exclusão é uma realidade e isso pode ser perigoso para um governo que diz ser incluso e quer colaboração dos midias.
Entretanto, através desta, o Diário da Zambézia reitera que tudo fará para trazer os contornos da visita do PR nestes locais onde vai visitar, isto porque alguns destes jornalistas que farão parte da viagem são ferrenhos colaboradores deste jornal.