Quase todos os meses reporta-se mortes de pessoas por ataques de crocodilos nos rios do distrito de Quelimane. Basta só a pessoa ir ao rio buscar água, lavar roupa ou pratos, pronto, se tiver má sorte, não volta mais ao convívio dos familiares.
O grosso das pessoas que os crocodilos atacam, são mulheres e crianças, porque diante a luta com os répteis, estas ficam sem força, acabando por serem vencidas pelos.
É uma situação que já preocupa o governo local. Aliás, não é novo este assunto. Arrasta-se já há bastante tempo. Fala-se de tudo menos nada sobre os crocodilos de Mopeia e Chimuara.
Quem se lembra da história do crocodilo que levou rádio a beira do rio? Quando acontece uma morte através de ataque de crocodilo, logo equacionam-se questões tradicionais. Em média, no distrito de Mopeia, uma pessoa morre vítima de crocodilo.
Do ano passado, ou seja, desde os meados do ano findo a esta parte, já morreram pelomenos quinze pessoas por causa do ataque dos crocodilos. O governo distrital de Mopeia, não cansa de apelar as pessoas a não se fazerem aos rios. Mas estes apelos não tem tido resposta, porque a população vive dos rios.
Quer para pescar, buscar agua para diversos fins assim como para lavar roupa e por vezes até tomar banho. Por isso, na semana passada, foi enviado um caçador a Mopeia, para procurar eliminar estes répteis que só fazem vida cara a população.
Conforme noticiou a RM local, a população do distrito de Mopeia, diz que a única forma de parar com este ataque dos crocodilos é realizar cerimónia tradicional, em língua local, denominado “mucutho”. Acto que consiste em evocar os antepassados para que estes ajudem a conter os ânimos dos crocodilos (neste caso concreto).
A população de Mopeia, diz que antigamente era assim, porque ao que tudo indica, aliás, conforme o entendimento deles, estes ataques que os crocodilos estão a fazer, ultrapassam a acção normal dos répteis.
Concluem eles que há mãos obscuras que é preciso elimina-las a partir de já. Entretanto, enquanto não se faz “mucutho”, as pessoas vão morrendo e os crocodilos nem sequer têm medo de armas de fogo que estão nas mãos dos caçadores.