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Itai em sintonia com Bispo de Quelimane

O ano 2010 está prestes a findar, fazem-se contas de todo tipo e em todos os sectores. Cada um faz as contas como sabe e também perspectiva o próximo ano a sua maneira. Um dos sectores que certamente deve estar a fazer contas é o da Polícia da República de Moçambique.

Nos últimos tempos, há relatos de casos de crime de todo tipo. Só para dar alguns exemplos, um órgão de comunicação social, reportou que no distrito fronteiriço de Milange há tráfico de pessoas.

E não só isso, um pouco pela província toda, há crimes que não deixam sossegado o cidadão que tanto ansiava viver em paz e tranquilidade.

A polícia tem feito o que lhe cabe e dai que também tem pedido apoio da sociedade para que denuncie estes actos de crime, porque não é possível ter um polícia para cada cidadão.

Ora recentemente, o Bispo da Diocese de Quelimane, Dom Hilário Massinga, numa entrevista a RM, disse de viva voz que quando faz o balanço do ano prestes a findar, olha com muita mágoa, porque na óptica daquele prelado, os casos de crime que aconteceram na província da Zambézia durante o ano, mancham o desempenho do executivo que tanto tem feito para o povo.

O Dom Hilário Massinga fez saber que há muita gente que é assaltada, quer na rua assim como nas suas residências, o que na sua óptica não há paz no seio das famílias porque ninguém consegue estar sossegado.

Entretanto

Depois destas palavras do número um da igreja católica na cidade de Quelimane terem saído a tona, eis que através da mesma RM, o Comandante Provincial da PRM na Zambézia, o General Manuel Filimão Zandamela, apareceu a desmentir o prelado, argumentando que não se pode afirmar que o crime na Zambézia este no auge neste ano prestes a findar.

Nesta mesmo entrevista, Zandamela afirmou não ser verdade que tenham havido casos fora do controle da polícia. Todavia, a fonte afirmou que a sua corporação tem feito tudo para por fora de acção os malfeitores que tentam perturbar a ordem e segurança pública nesta parcela do país.

O cair da máscara

Depois de estas figuras neste caso o Bispo da Diocese de Quelimane e o Comandante da PRM na Zambézia terem entrado em ping-pong no que concerne a onda de criminalidade na Zambézia, esta terça-feira, numa entrevista considerada de balanço transmitida em directo pela Rádio Moçambique, emissor provincial da Zambézia, onde a cara principal era do Governador da Zambézia, Francisco Itai Meque acompanhado por alguns membros do seu executivo, eis que o assunto sobre a criminalidade não podia ser contornado.

Falando sobre este caso, o Governador Itai Meque reconheceu publicamente que de facto o ano 2010, prestes a findar foi manchado por muitos casos de criminalidade, tendo avançado que ao nível de toda província foram registado cerca de 1000 casos criminais, contra cerca de novecentos e tal no ano passado, o que quer dizer que houve aumento.

Dai que o governador anda receoso, porque por aquilo que explicou, ninguém quer investir onde não há segurança. E um dos casos mais gritante é este que aconteceu há menos de uma semana, onde cidadãos de origem chinesa foram assaltados em Namacurra com indivíduos ate agora a monte.

Isto conforme explicou o chefe do executivo da Zambézia, mexe com a diplomacia toda e dai que é urgente que se encontrem os autores.

Todavia, aquele governante reconhece que no seio da PRM há esforço para conter a onda de crimes, mas em alguns casos faltam meios. Por isso que paulatinamente o Comando Provincial vai recebendo meios circulantes para fazer face aos seus trabalhados operativos.

Ora, depois desta abordagem de Itai Meque, resta perguntar se o Bispo tinha ou não razão? Está ai, o governador de mãos dadas com o prelado da igreja católica.

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