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Moçambique e Cabo Verde reforçam cooperação nas áreas de ciência e tecnologia

Os governos de Moçambique e do arquipélago de Cabo Verde assinaram, segunda-feira, em Maputo, um acordo de cooperação nas áreas de ciência e tecnologia. O acordo foi assinado no término de um encontro entre o presidente moçambicano, Armando Guebuza e do seu homólogo cabo-verdiano, Pedro Pires, que se encontra a efectuar uma visita oficial de três dias a Moçambique.

 

 

Rubricaram o acordo, o ministro moçambicano de ciência e tecnologia, Venâncio Massingue, em representação do governo moçambicano e o ministro-adjunto do primeiro-ministro e das comunidades emigradas, Sidónio Monteiro, em representação do governo caboverdiano, uma cerimónia que foi testemunhada por ambos os estadistas, Armando Guebuza e Pedro Pires.

Falando em conferência de imprensa, o ministro moçambicano dos negócios estrangeiros, Oldmiro Baloi, explicou que um dos anseios do governo moçambicano é elevar as relações comerciais entre ambos os países para atingir o mesmo estágio das relações políticas·

“Gostaríamos que as relações económicas se aproximem o máximo possível das políticas”, disse Baloi, explicando que o acordo ora assinado terá incidência na área de formação, investigação.

Na ocasião, Baloi abordou o problema do Documento de Identificação para Residentes Estrangeiros (DIRE) que afecta sobremaneira a comunidade caboverdiana residente em Moçambique.

“O governo moçambicano vai resolver a questão do aumento da taxa de residência de cidadãos cabo-verdianos no país uma questão que preocupa as autoridades de Cabo Verde”, disse Baloi, reconhecendo que referido aumento poderá agravar a situação dos caboverdianos residentes no país.

“Houve uma alteração dos princípios ao nível do tratamento da atribuição de DIREs e de passagem foram atingidos cidadãos de países que merecem um tratamento especial. É nisso que uma comissão interministerial está a trabalhar para restabelecer a normalidade no caso de tratamento desses países. Não vamos entrar em detalhes o que nos dissemos a Cabo Verde e’ que estávamos conscientes da existência desse problema e que urgia que fosse resolvido”, explicou.

Comentado sobre o assunto, Sidónio Monteiro, manifestou a sua satisfação com a posição do governo moçambicano de rever o caso, explicando que existem cerca de 400 cabo-verdianos registados nos serviços consulares da embaixada do seu país, de um total estimado em cerca de 1.500 existentes em todo o território moçambicano.

“Esse e’ um problema que a nossa comunidade vinha enfrentando, mas que antecipadamente a nossa parte moçambicana nos garantiu vai trabalhar no sentido da resolução dos problemas que tem a ver com os documentos de identificação das nossas comunidades”, disse Monteiro, visivelmente satisfeito.

Com relação ao acordo rubricado entre ambos os países, Monteiro disse que Cabo Verde confere uma importância especial a formação de quadros porque o seu país não possui muitos recursos naturais. “Por isso, temos que investir na área de recursos humanos”, disse Monteiro.

No fim da manhã de hoje, o estadista cabo-verdiano visitou o Conselho Municipal de Maputo, onde recebeu a chave da cidade de Maputo das mãos do presidente do município, David Simango Pires também visitou a Praça dos Heróis na tarde de hoje, onde depositou uma coroa de flores.

Convidado a comentar sobre a “Medalha Amílcar Cabral” que será atribuída ao estadista moçambicano na terça-feira, Pires disse que esta é a distinção mais alta que o Estado cabo-verdiano pode atribuir aos seus cidadãos e também a alguns cidadãos estrangeiros.

No caso do presidente Guebuza, explicou Pires, deve-se “pela sua contribuição para a independência de Moçambique, contribuição como homem de Estado para a consolidação do Estado moçambicano e do seu processo de desenvolvimento”, disse.

“Por isso, merece todo o nosso respeito e merece a nossa atenção e isso portanto é uma justa homenagem”, rematou. Nascido em Cabo Verde, Amílcar Cabral foi um dos lutadores pela independência de Cabo Verde.

A agenda de Pires a Moçambique inclui uma visita ao Instituto de Investigação Agrária de Moçambique (IIAM), em Maputo, ao bairro de Khongolote, nos arredores da capital moçambicana e a Assembleia da Republica (AR), o parlamento moçambicano.

A visita de Pires enquadra-se no âmbito do reforço das relações de amizade, solidariedade e cooperação existentes entre os dois países.· Na sua visita a Moçambique, o estadista cabo-verdiano faz-se acompanhar de sua esposa Adélcia Pires.

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