O aeroporto da Beira deverá ser reabilitado ao longo dos próximos três anos para aumentar a sua capacidade de transporte de passageiros e carga de Moçambique, Zimbabué e Malawi para importação e exportação.
O valor global para as obras ainda está por determinar, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), ressalvando, contudo, que parte do mesmo provirá dos cerca de 900 milhões de dólares norte-americanos que o Governo moçambicano irá contrair no exterior, em forma de financiamento não concessional para custear despesas inerentes a obras de reabilitação e/ou construção de diversas infra-estruturas como estradas e pontes e linhas de transporte de energia.
O FMI destaca como obras de vulto previstas para os próximos três anos as relacionadas com a conversão da base aérea de Nacala das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) em aeroporto internacional, a expansão do nível de geração de electricidade pela empresa HCB, no Centro de Moçambique, para “melhorar a fiabilidade da sua distribuição” e construção de uma linha de transmissão entre Tete e Maputo para reduzir a dependência em relação à África do Sul na reimportação de energia para os países vizinhos.
Fontes Estão ainda previstas obras destinadas à conclusão da linha férrea e estrada ligando o porto da Beira a Zimbabué, num troço de 120 quilómetros e outros trabalhos de construção de 170 quilómetros de estrada ligando as províncias de Gaza e Maputo, “para ligar áreas com alto potencial turístico e agrícola”.
Entretanto, o Fundo Monetário Internacional explica que os recursos concessionais dos doadores continuarão a ser as principais fontes de financiamento, devendo o Governo moçambicano também recorrer ao financiamento externo não concessional, num valor médio de cerca de 2,5% do Produto Interno Bruto (PIB)/ano.
Finalmente, aquela instituição financeira internacional faz também saber que até finais de Novembro de 2010 o Governo concluirá a elaboração de uma estratégia da dívida plurianual abrangente, cuja preparação será coordenada pelos técnicos do Banco Mundial (BIRD) e do Fundo Monetário Internacional.
Os principais elementos da estratégia deverão incluir medidas para obter um perfil e um calendário de crédito anual, estrutura de vencimentos para alargar a curva de rendimentos internos e desenvolvimento de um quadro institucional de mercados financeiros nacionais, para além de a estratégia identificar possíveis opções de financiamento externo.