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ONU vota contra embargo a Cuba

ONU vota contra embargo a Cuba

A Assembleia Geral das Nações Unidas voltou a votar por maioria esmagadora a favor de uma resolução que apela aos EUA que ponham fim ao embargo económico a Cuba. A resolução, com carácter não-vinculativo, foi apoiada por 187 países. Apenas Israel e os EUA votaram contra e três pequenos estados do Pacífico – Palau, Micronésia e Ilhas Marshall – abstiveram-se.

Pelo décimo-nono ano consecutivo a Assembleia Geral das Nações Unidas expressa a sua reprovação aos 50 anos do embargo económico a Cuba.

O ministro cubano dos Negócios Estrangeiros, Bruno Rodriguez, disse que o Presidente Barack Obama fizera muito pouco para mudar esta situação. “Dois anos depois do Presidente dos EUA ter prometido um novo começo com Cuba, os factos confirmam que nada mudou. O Presidente Obama não usou as suas amplas prerrogativas para flexibilizar o bloqueio. “As sanções contra Cuba continuam intactas e são aplicadas com todo o rigor. Este ano o bloqueio económico foi endurecido e o seu impacto quotidiano continua a ser visível em todos os aspectos da vida em Cuba.”

Em resposta ao chefe da diplomacia cubana, o embaixador em exercício dos EUA, Ronald Godard, disse que a ONU seria de mais valia para Cuba se, em vez de aprovar a resolução, se concentrasse nas razões por que Washington impusera o embargo. “A minha delegação vai votar contra esta resolução. Os EUA acreditam ser altura desta organização concentrar as suas energias no apoio ao povo cubano, na sua luta para decidir livremente sobre o seu próprio futuro, indo para lá das posições retóricas que esta resolução representa.”

Ainda assim, Ronald Godard disse que as relações entre Washington e Havana haviam conhecido algumas mudanças desde a chegada do Presidente Obama à Casa Branca. Ele disse que, em 2009, os EUA haviam vendido a Cuba produtos agrícolas avaliados em 526 milhões de dólares e também medicamentos e equipamentos médicos.

Haviam igualmente sido levantadas as restrições impostas a visitas de familiares e expandida a lista de bens humanitários que os norte-americanos podiam enviar para Cuba. Contudo, os EUA renovaram o embargo, ao mesmo tempo que saudaram a libertação, por Cuba, desde Julho, de mais de 40 presos políticos.

O embargo norte-americano a Cuba foi imposto parcialmente em 1960, pouco depois da revolução liderada por Fidel Castro. Dois anos mais tarde, os EUA transformaram o bloqueio em lei e é agora a única medida do género ainda em vigor, duas décadas depois do fim da Guerra Fria.

As autoridades cubanas calculam que o embargo custou ao país, nos últimos 50 anos, mais de 750 mil milhões de dólares.

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