A Polícia Judiciária (PJ) portuguesa apreendeu cerca de 130 quadros presumivelmente falsos e assinados por grandes nomes da pintura mundial como Leonardo da Vinci, Kandinsky, Picasso, Modigliani, Miró, Chagall, Matisse, Monet e Vieira da Silva.
A apreensão de quadros pela PJ, numa operação intitulada “Caverna do Tesouro”, reforça os indícios que apontam para a utilização de Portugal nas grandes rotas internacionais de falsificação de pintura.
Segundo a PJ, citada pela imprensa lisboeta desta Segunda-feira, esta apreensão, através da Directoria de Lisboa e Vale do Tejo, é a maior de sempre efectuada em Portugal e uma das maiores da Europa.
As obras estavam na posse de uma cidadã estrangeira e foram apreendidas na sequência de uma busca domiciliária à sua residência nos arredores de Lisboa, onde foram também encontrados e apreendidos alguns certificados que visavam atestar falsamente a autenticidade dos trabalhos.
A suspeita, adianta a PJ em comunicado, foi detida em flagrante delito e presente ao tribunal competente, tendo ficado sujeita a apresentações periódicas no posto policial da sua área de residência, proibida de se ausentar do país e ao pagamento de uma caução.
A Policia Judiciária alerta os eventuais interessados na aquisição de pintura, sobretudo de autores com grande cotação no mercado, para que adoptem todas as cautelas no sentido de apurar a sua origem e confirmar a autenticidade antes da conclusão dos negócios, devendo, em caso de dúvida, contactar serviços devidamente especializados.
Na mesma nota de imprensa, a PJ solicita também o contacto a quem recentemente tenha adquirido em Portugal obras de renomados autores estrangeiros sem se certificar convenientemente da sua autenticidade, a fim de a mesma ser averiguada.
Recentemente, a polícia portuguesa apreendeu na cidade do Porto, Norte de Portugal, 20 obras de arte falsificadas, nove das quais confirmadas serem do pintor moçambicano, Malangatana Valente Nguenya.