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FARA desembolsa 50 mil USD para implementar “PSTAD”

O Fórum para a Investigação Agrícola em África (FARA) vai desembolsar, anualmente, 50 mil dólares norte-americanos para a implementação do Projecto de Promoção da Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento da Agricultura em África (PSTAD).

O PSTAD é um projecto iniciado em 2007 e contempla três componentes basilares, com destaque para o Sistema de Aprendizagem e Informação Agrária Regional (RAILS) e a Disseminação de Novas Tecnologias Agrárias (DONATA).

A sua implementação devia ter começado em 2007, mas os vários desafios que subsistiam inviabilizaram a sua concretização efectiva nos países associados ao projecto.

Na Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), o PSTAD está em implementação em Moçambique, Zâmbia, Madagáscar, Lesotho e Malawi.

Anabela Manhiça, coordenadora do projecto no país, disse, segunda-feira, em Maputo, que o valor disponibilizado pela FARA, na qualidade de agência executora do projecto, servirá para a implementação do projecto no seu todo e não se circunscreve apenas na transferência de tecnologia, mas com a gestão de toda a informação agrária que também é uma plataforma de inovação.

“O FARE disponibilizará 50 mil dólares anuais para a implementação de todo o projecto e não acaba só na transferência de tecnologia, mas também com a gestão de informação agrária que é uma plataforma de inovação que terá de juntar todos os parceiros que estão envolvidos na disseminação e gestão de informação agrária”, sublinhou Manhiça.

No país, segundo a coordenadora, embora o projecto tenha começado ligeiramente tarde por falta de desembolsos da parte da organização, há actividades em curso e com resultados promissores.

A fase piloto está a decorrer desde a última campanha agrícola que foi a partir de Abril e o Instituto de Investigação Agrária de Moçambique (IIAM) decidiu arrancar com as actividades mesmo sem receber os fundos do FARA.

Na Ilha Josina Machel, distrito de Manhiça, província meridional de Maputo, está em desenvolvimento o cultivo do milho enquanto que em Montepuez, província de Cabo Delgado, Norte do país, o projecto está a cultivar a mapira.

A fonte, apesar de reconhecer que tanto Moçambique quanto os outros países da região têm apenas três anos para implementar o projecto concebido para seis, afirma haver condições para concretizar alguns objectivos consagrados no projecto.

“Nós acreditamos que em três anos poderíamos atingir uma parte dos objectivos esperados que, pelo menos, se implantem as plataformas de inovação, porque o maior móbil deste projecto é termos todos os parceiros da cadeia de valores do milho e da mapira envolvidos na produção”, explicou Manhiça.

O grande problema que se verifica, segundo a coordenadora, reside no facto de as tecnologias que são disseminadas não serem adoptadas plenamente, apesar de sentirem que podem trazer uma mais-valia.

Mas o outro problema reside no facto de quando se têm o aumento da produção eles não têm onde comercializar.

Desta feita, Manhiça afirma que no encontro de Maputo com todos os parceiros da cadeia de valores, o seu envolvimento, responsabilização e determinação vai permitir que cada um, desde a investigação, a extensão, os provedores de insumos e o pessoal que está ligado ao agro-processamento, ate aos próprios mercados tragam uma mais-valia.

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