Com meios próprios ou de simpatizantes, movendo mundos e fundos, o judo tem tentado e conseguido marcar presença em grandes competições, nem sempre com o número de atletas desejável, mas apenas o possível. Desta forma, é uma modalidade que em regra tem “tomado o pulso” ao que de melhor se faz pelo Mundo. Os resultados têm oscilado entre o bom e o sofrível.
Nem sempre, infelizmente, merecendo a divulgação que o movimento judoca no país já representa. O nome de Edson Madeira é temido em África. Quando em forma, este atleta é dos melhores do Continente. Mesmo contando com o nível que se regista no Norte, na chamada África branca.
Para os Jogos Africanos de Maputo, há um plano e uma selecção, direccionados para o que de melhor temos, por um lado, mas também priorizando as divisões em que o Continente não demonstra possuir judocas “inacessíveis”. Tudo indica que nos faremos representar por 6 atletas, com enfoque para o escalão sénior, mas incorporando o escalão júnior apenas em femininos (1 atleta).
De falta de rodagem não nos poderemos queixar e muito menos de opositores de gabarito durante os estágios, uma vez que a maior parte da preparação será feita em França, nas categorias de peso em que apostamos num lugar no pódio. Pretende-se contratar um técnico francês, bem como ter ao dispor um centro de preparação na terra de Sarkozy, onde já estiveram atletas das camadas de formação.
Em relação às possibilidades de chegar aos lugares do pódio, a aposta aponta para as categorias mais leves, isto é, 60, 66 e 73 quilos.
Nesta modalidade, não se fala em “ganhar experiência”. Mas se não se pode garantir medalhas, pelo menos há a certeza de que temos atletas “medalháveis”! O resto será ditado pelo momento de forma, reacção de superação por jogarmos em casa e outros factores motivacionais que, inevitavelmente, jogarão a nosso favor.
