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Zapatero reformula gabinete para tentar fortalecer governo

O primeiro-ministro da Espanha, José Luis Rodríguez Zapatero, reformulou seu gabinete esta quarta-feira, numa tentativa de fortalecer o impopular governo enquanto implementa medidas de austeridade para reduzir o enorme déficit orçamentário do país. O respeitado ministro do Interior, Alfredo Pérez Rubalcaba, visto como um potencial sucessor de Zapatero, foi nomeado vice-primeiro-ministro, sem deixar seu cargo atual. Ele vai substituir Maria Teresa Fernández de la Vega. Zapatero não mexeu no Ministério da Economia.

A Espanha terá eleições em 2012, no fim do segundo mandato do governo socialista de Zapatero. No momento, a taxa de aprovação do primeiro-ministro está em menos de 30 por cento, a mais baixa desde que ele foi reeleito em 2008. Zapatero firmou recentemente acordos com dois partidos minoritários para conseguir a aprovação do orçamento de 2011, o qual contempla profundos cortes de despesas feitos com o propósito de assegurar aos investidores que a Espanha pode reduzir seu déficit.

Se Zapatero não tivesse os votos de apoio para o orçamento, correria o risco de ter de antecipar as eleições num momento em que as pesquisas mostram que ele perderia do Partido Popular, de centro direita, por quase 15 pontos percentuais de diferença.

Como ministro do Interior, Rubalcaba comandou as ações governamentais contra o grupo separatista basco ETA, que foram amplamente vistas como bem-sucedidas por causa da série de prisões de líderes etarras. “Aparentemente, ele é o herdeiro”, disse Pedro Schwarz, um economista da Universidade de São Paulo em Madri. “Ele é inteligente e eficiente, e de fato é um reforço para o governo.”

Trinidad Jiménez, que chefiava a pasta da Saúde, será a nova ministra de Relações Exteriores da Espanha, disse Zapatero em um pronunciamento transmitido ao vivo por rádio e TV. Zapatero declarou também que está dissolvendo os Ministérios da Habitação e da Igualdade, cujas atividades serão incorporadas a outras pastas. Essa medida é parte dos esforços do governo para cortar custos e reduzir o déficit.

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