A Ministra dos Recursos Minerais, Esperança Bias, diz que o escoamento da produção das reservas de areias pesadas de Chibuto, província meridional de Gaza, vai depender sobretudo da viabilidade que o projecto demonstrar. A reserva de Chibuto, que ocupa uma área total de 10.845 hectares, tem um potencial calculado em 27 milhões de toneladas com um tempo de vida estimado em cerca de 30 anos.
Bias revelou a informação esta segunda-feira, em Maputo, na conferência de imprensa de lançamento do concurso público para a selecção de uma companhia para desenvolver o depósito das areias pesadas de Chibuto. “Há trabalhos preliminares que foram feitos pela Billiton, quando tentava viabilizar o empreendimento e vamos ver qual é a proposta que aparecerá no sentido de se escoar a produção de Chibuto”, disse Bias, apontando que o resultado é que vai ditar a necessidade ou não de melhor alternativa.
A Rio Tinto, companhia britânicoaustralina do ramo da mineração, está a trabalhar na faixa que vai de Jangamo até Xai-Xai, nas províncias meridionais de Gaza e os resultados são também encorajadores. Caso a Rio Tinto manifeste interesse em desenvolver o projecto de exploração, o governo vai avaliar as alternativas (ferroviária ou rodoviária) para efeitos de escoamento da produção, visando evitar que cada empresa (o vencedor do concurso e a Rio Tinto) desenvolva sistemas diferentes de transporte.
A optar pela alternativa ferroviária, implicaria a construção de uma ferrovia de Chibuto até Xai-Xai, por onde passa a Linha do Limpopo, que vai até ao distrito de Chicualacuala, norte daquela província. “Isso dependerá da viabilidade do projecto porque se se mostrar possível fazer tudo no Chibuto que é o nosso desejo será feito lá, mas se indicar que é preciso olhar para outras opções, por exemplo, a saída para o mar naturalmente que não será feita lá”, explicou a ministra apontando que Chibuto está no interior da província de Gaza.