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Vila do Milénio marca passo na Ilha de Moçambique

O projecto Vilas do Mlénio na Ilha de Moçambique enfrenta dificuldades financeiras para a prossecução de actividades económicas e sociais previstas no plano do presente ano nas vertentes de turismo, agricultura, pesca e piscicultura, além de educação e saneamento do meio devido ao atraso que se verifica nos desembolsos de fundos por parte da República de Portugal, principal financiador da iniciativa virada para o desenvolvimento local.

O coordenador local da Vila do Milénio, Octávio Uaite, que revelou o facto enfatizou que o projecto virado para a promoção do turismo de praia no bairro de Sangulo está encalhado devido ao atraso no desembolso de fundo por parte de Portugal que enfrenta dificuldades internas de ordem económica, situação que adia o sonho dos jovens locais de conseguir emprego.

A promoção do turismo em Sangulo passa pela construção de sanitários públicos na orla e no interior do bairro, cujo número não foi especificado, como forma de combater o fenómeno do fecalismo a céu aberto. Octávio Uaite referiu que a construção dos referidos sanitários está dependente da libertação de fundos por parte do principal doador.

Na mesma situação está o projecto de apoio aos pecadores artesanais para a adopção de técnicas sãs de pesca em substituição da rede mosquiteira que ameaça a existência de espécies. Para atrair a aderência à iniciativa, o programa Vilas do Milénio prometeu adquirir apetrechos de pesca para distribuição aos legítimos destinatários, o que não aconteceu até o momento.

Temos uma área de dez hectares de terra que depois de lavrada, acto previsto para Março ultimo, seria distribuída a jovens desempregados que olham para a agricultura como forma de atingir auto-suficiência, mas até agora não recebemos fundos para implementar esta iniciativa – lamentou o informador. Ainda em Sangulo deveria arrancar em meados do ano a construção, com material convencional, de uma escola com quatro salas para albergar alunos que estudam até, este momento, debaixo de árvores e que pelas razões já referenciadas a iniciativa não passou de projecto.

O informador acrescentou que os 17 trabalhadores do programa vilas do milénio não auferem os seus salários há três meses e, neste momento, não existem expectativas de pagamento em relação ao presente mes, situação decorrente da escassez de fundos para suprir a despesa.

Contudo, Octávio Uaite refere que reina um clima saudável entre os trabalhadores, que estão esperançados que a situação venha a regularizar-se a qualquer momento.

O programa vilas do milénio da Ilha de Moçambique tem um grupo alvo de cerca de nove mil pessoas que perfazem 1.800 famílias, que enfrentam carências de vária ordem que, no entanto, poderão vir a inverter através de actividades centradas para o desenvolvimento.

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