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Nacala debate-se com falta de Serviço de Salvação Pública

O desenvolvimento industrial da cidade de Nacala-Porto não está a ser acompanhado de disponibilidade de meios essenciais, concretamente a instalação de serviços de bombeiros capazes de combater eventual situação de incêndio de grandes proporções.

Este facto é reconhecido pelo próprio presidente do Conselho Municipal de Nacala-Porto, Chale Ossufo, que considera a falta desses serviços não somente como uma situação preocupante, mas também perigosa.

Devido à preocupação prevalecente, o edil disse ter já mantido um encontro com a Direcção Nacional dos Bombeiros, reunião de que resultou na disponibilidade de um viatura de combate aos incêndios adequadamente equipada.

Até finais do mês passado a viatura ainda não se encontrava na cidade de Nacala, esperando-se que ela chegue àquele município dentro em breve.

A aproximação da edilidade de Nacala-Porto aos serviços nacionais dos bombeiros teve em conta os actos de vandalismos assistidos na altura da construção da nova conduta de combustíveis.

De facto, têm ocorrido atitudes de vandalismos protagonizados por indivíduos desconhecidos que se lançam à referida conduta para roubar diferentes tipos de combustíveis bombeados dos barcos para os reservatórios situados no interior do Porto de Nacala.

O presidente do município de Nacala estimou que no caso de um eventual incêndio, os seus efeitos sentir-se-iam num raio entre 30 a 40 quilómetros. Isto significa que toda a cidade de Nacala e arredores seriam atingidos, incluíndo o vizinho distrito de Nacala-a- Velha.

A cidade de Nacala conta, actualmente, com mais de 100 unidades industriais, a maior parte delas situadas na parte baixa da urbe, concretamente na região portuária.

Outras indústrias estão a ser construídas ou, então, projectadas, sendo imperioso que a cidade tenha um serviço de bombeiros à altura de poder combater ou minimizar os efeitos devastadores de um eventual incêndio.

Chalé Ossufo disse ter aproveitado as relações de cooperação que o seu município tem com outros estrangeiros, principalmente lusos, para pôr à mesa a necessidade de apoio em termos de disponibilidade de meios de combate aos incêndios.

A crise económica internacional retarda a concessão desses meios, embora haja promessas de alguns municípios lusos, como Matosinhos, que se comprometeram a conceder tais equipamentos.

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