O Ruandês Callixte Mbarushimana, acusado de ter morto trabalhadores das Nações Unidas no Kivu, no leste da República Democrática do Congo (RDC), foi preso em França, e poderá ser entregue ao Tribunal Penal Internacional (TPI), sediado em Haia, nos Países Baixos, segundo as autoridades francesas. A França procedeu à detenção de Callixte Mbarushimana em conformidade com o mandado de captura emitido pelos juízes do TPI a 28 de Setembro de 2010.
Callixte Mbarushimana, de 47 anos de idade, é acusado de ser desde Julho de 2007 o secretário executivo das Forças Democráticas para a Libertação do Ruanda (FDLR)/Forças Combatentes Abacunguzi (FARDC), que estariam na origem dos crimes. Ele é acusado de cinco crimes contra a humanidade – assassinato, tortura, violação e atos desumanos- e a seis acusações de crimes de guerra que compreendem ataques contra a população civil, destruição de bens, assassinato, tortura, violação, tratameto desumano e perseguição.
Mbarushamana é acusado de ter cometido estes crimes entre 20 de janeiro e 25 de fevereiro de 2009. Um pedido de cooperação no quadro da detenção e da entrega do suspeito foi notificado às autoridades francesas pelo TPI a 30 de Setembro, indicou o tribunal num comunicado transmitido à PANA.
O suspeito vai permanecer nas mãos das autoridades francesas enquanto se espera pelo exame completo deste pedido, a menos que a Câmara de Primeira instância decida de outro modo.
O TPI indica que uma série de ataques sistemáticos e repetidos foi levada a cabo numa larga escala pelas tropas das FDLR durante o período entre janeiro e setembro de 2009 contra as populações do Kivu Norte e Sul.