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Universitários moçambicanos formam-se na Rússia

Vinte e cinco estudantes moçambicanos foram admitidos nas universidades russas, tendo iniciado os seus estudos, em vários cursos, no ano académico de 2010-2011, no âmbito da cooperação entre os governos de Moçambique e da Rússia, anunciou o Instituto moçambicano de Bolsas de Estudo.

De referir que durante o período compreendido entre 1996 e 2010, o Governo da Rússia concedeu mais de 150 bolsas de estudo a cidadãos moçambicanos, para além de cursos de língua russa, alguns dos quais ministrados no Ministério moçambicano da Defesa Nacional.

Entretanto, a Embaixada da Rússia em Maputo, diz que, ultimamente, tem vindo a aumentar o número de cidadãos que optam pela formação na Rússia, apontando-se entre os graduados nas universidades russas e soviéticas o Vice-Ministro moçambicano dos Negócios Estrangeiros, Henrique Banze, o Chefe do Estado maior General do exército moçambicano, Paulino Macaringue, o Reitor do Instituto Superior das Relações Internacionais, Patrício José, e o Reitor da Universidade Pedagógica, Rogério Uthui.

De igual modo, tem havido contactos intensos entre estabelecimentos de ensino superior de Moçambique e da Rússia, que culminaram com a visita à Rússia, em 2009, do Reitor da Universidade Eduardo Mondlane (UEM), Filipe Couto.

Durante a visita foram assinados um Acordo sobre a Cooperação Científica e Estudantil entre a UEM e a Universidade Estatal de Moscovo, e um Memorando de Entendimento entre a UEM e a Universidade Estatal da cidade de Tambov.

O Governo russo tem vindo, desde 1997, a desembolsar, anualmente, fundos que são utilizados para custear as despesas com a formação de estudantes moçambicanos em universidades russas, nos mais variados cursos de nível superior e de pós-graduação.

De acordo com a Embaixada russa em Maputo, para além de cidadãos moçambicanos, outros estudantes estrangeiros têm optado também pela formação na Rússia, devido “a uma grande diversidade de cursos oferecidos pelas universidades russas e à enorme experiência destas na área do ensino, para além do facto de os diplomas dessas universidades serem reconhecidos em todo o mundo”.

“Pode-se afirmar que a formação oferecida pelas universidades russas nas áreas de Ciências Naturais e Engenharia é das melhores do mundo.

Rússia ocupa um dos lugares cimeiros quanto ao nível de formação de matemáticos, físicos, químicos, geólogos, médicos, entre outros especialistas”, disse fonte da Embaixada russa na capital moçambicana.

Considerou que as universidades russas se mostram bastante competitivas no mercado global e os seus graduados sempre “se destacam pelas suas fortes bases teóricas e pelo conjunto de conhecimentos integrados que possuem.

Anualmente, mais de 100 mil estudantes estrangeiros escolhem formar-se na Rússia, por entenderem que uma boa base teórica é importante para o seu sucesso, tanto na carreira profissional, como na esfera social”.

Refira-se que a representação diplomática russa em Maputo está já a completar 35 anos da sua existência em Moçambique, sendo que as relações entre os dois países se têm vindo a desenvolver a um “bom ritmo”, especialmente na área de educação e formação de quadros.

No contexto dessas relações, existe o Comité de Amizade Moçambique-Rússia, que iniciou as suas actividades em 1977.

Actualmente, e no âmbito dessas actividades, estão a funcionar na Associação Moçambicana de Amizade e Solidariedade para com os Povos (AMASP), cursos de língua russa, para além dos ministrados ao nível do Ministério da Defesa Nacional.

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