Moçambique e Brasil deverão assinar, em finais do corrente mês de Outubro, um contrato de financiamento pelo Governo de Brasília das obras de construção do Aeroporto Internacional de Nacala, em Nampula, no valor global de 120 milhões de dólares norte-americanos adjudicadas à empresa brasileira Odebrecht.
O empreendimento terá uma capacidade de acolher por ano cerca de 50 mil passageiros vindos dos países da África Austral, Ásia e da América do Sul, segundo António Loureiro, da empresa pública Aeroportos de Moçambique (ADM), realçando que, numa primeira fase, o aeroporto empregará cerca de 40 trabalhadores para passarem a ser entre 70 a 90 assalariados nas fases posteriores.
As obras irão arrancar em Fevereiro de 2011 e com a duração prevista de dois anos, devendo a infraestrutura ter também uma capacidade de manusear quatro mil toneladas de carga diversa por ano e receber aeronaves de tipos BOEING 747 e AIRBUS 340, de acordo igualmente com Loureiro.
Actualmente, decorrem trabalhos de estudo de viabilidade ambiental do empreendimento destinado a “impulsionar o turismo e várias actividades de desenvolvimento socioeconómico do país, subcontinente de África Austral e da região Norte de Moçambique, em particular”, de acordo igualmente com António Loureiro, da ADM.
Concessões Loureiro destacou, entretanto, o surgimento em zonas adjacentes ao aeroporto de Nacala de vários empreendimentos comerciais como são os casos de armazéns e hotéis a serem construídos com fundos privados de empresários de Nampula e de outros pontos do país.
A fonte não descartou, por outro lado, a possibilidade de parte dos serviços do aeroporto vir a ser concessionada, o mesmo podendo acontecer em relação à gestão dos aeroportos de Pemba, em Cabo Delgado, e Nampula, no Norte de Moçambique.
Refira-se, entretanto, que as obras de construção do aeroporto de Nacala vão decorrer depois de o Conselho de Ministros ter decidido, nos princípios de 2010, pela transformação da base aérea de Nacala das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) em aeroporto civil para contribuir para a oferta de novas oportunidades para a economia moçambicana e no desenvolvimento do Corredor de Desenvolvimento de Nacala