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Andre Geim e Konstantin Novoselov ganham Prémio Nobel da Físicaa Nobel de Física por pesquisa com carbono

Andre Geim e Konstantin Novoselov ganham Prémio Nobel da Físicaa Nobel de Física por pesquisa com carbono

Dois cientistas nascidos na Rússia ganharam o Prêmio Nobel de Física de 2010, nesta terça-feira, por causa de pesquisas envolvendo uma forma de carbono, com implicações que vão da física quântica ao desenvolvimento de produtos eletrônicos para o consumo de massa. Andre Geim e Konstantin Novoselov, ambos da Universidade de Manchester (Reino Unido), realizaram experiências com o grafeno, uma nova forma de carbono que é ao mesmo tempo o material mais fino e mais resistente que se conhece. “Como é praticamente transparente e um bom condutor, o grafeno é adequado para a produção de telas transparentes tipo ’touch screen’, painéis de luz e talvez até células solares (para a produção de energia)”, disse o comitê que concede o prêmio.

Novoselov, 36 anos, tem cidadania russa e britânica; Geim, 51 anos, é cidadão holandês. Uma fonte do comitê disse que Novoselov é o mais jovem agraciado com o Nobel de Física desde 1973. Falando por telefone a jornalistas, Geim disse que não esperava o prêmio e tentará fazer com que ele não altere sua rotina.

“O meu plano para hoje é ir trabalhar e concluir um texto que não acabei nesta semana”, afirmou Geim, que dividirá com o colega um prêmio de 10 milhões de coroas suecas (1,5 milhão de dólares).

A dupla extraiu o material superfino de um pedaço de grafite comum, usando uma fita adesiva. “O bom humor é uma das marcas deles. Sempre se aprende algo no processo e, quem sabe, é possível até tirar a sorte grande”, disse o comitê em seu comunicado. Um milímetro de grafite na verdade consiste em 3 milhões de camadas de grafeno amontoadas, disse a academia. “Quem já escreveu algo com um lápis comum experimentou isso, e é possível, quando eles o fizeram, que apenas uma camada de átomos, o grafeno, tenha ido parar no papel.”

O material é quase totalmente transparente, mas ainda assim tão denso que nem os menores átomos gasosos podem transpassá-lo. Ele também conduz eletricidade tão bem quanto o cobre. A academia disse que o grafeno permite que os físicos estudem materiais bidimensionais com características únicas, possibilitando experiências que levem a desdobramentos dos fenômenos da física quântica.

“Também uma vasta variedade de aplicações práticas agora parecem possíveis, inclusive a criação de novos materiais e a manufatura de eletrônicos inovadores”, afirmou o comitê.

Citando algumas dessas aplicações, a academia disse que transistores de grafeno podem ser muito mais rápidos que os atuais, de silício, tornando os computadores mais eficientes. A Real Academia Sueca de Ciências já concedeu nesta semana o Nobel de Medicina, e ainda entregará os prêmios de Química, Literatura e Paz.

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