A questão dos sismos e ciclones tropicais que se abatem sobre a faixa costeira da região norte do país e com consequências nefastas, constitui matéria de debate em reunião que, termina esta sexta-feira, na cidade da Ilha de Moçambique, uma das mais afectadas pelas calamidades.
Segundo Hélder Suwueia, director regional norte do Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC), os participantes a este encotro propõem-se encontrar uma plataforma de gestão eficiente dos riscos de calamidades, numa acção a ser coordenada em parceria com as autoridades político-administrativas locais.
Em entrevista ao Wamphula Fax, Suweia revelou que a região tem sido sistematicamente abalada por intempéries, sobretudo sismos, ciclones e inundações, com particular incidência nos distritos de Angoche, Mogincual, Moma, Mecanhelas, Cuamba e ao longo do rio Messalo, na província de Cabo-Delgado.
Segundo a nossa a fonte, o INGC proporcionou, recentemente, aos administradores distritais, secretários permanentes e chefes dos serviços de Planeamento Físico, uma formação em matérias de gestão de risco de calamidades.
Com este propósito pretende-se, de acordo ainda com Suweia, que o processo de gestão de calamidades seja incorporado nos Planos de Desenvolvimento Distrital.
Anotou que, ao nível das províncias de Nampula, Niassa e Cabo-Delgado, os Planos de Contingência foram já elaborados e submetidos aos respectivos governos para prevenir a época de emergência que se avizinha.
Entretanto, a fonte mostrou-se satisfeita com o envolvimento massivo das populações que residem em zonas de risco de calamidades, face à criação de um total de 140 comités ao nível de da região norte.
Refira-se que o INGC consome, anualmente, dos Cofres do Estado cerca de 120 milhões de meticais para a operacionalização do seu Plano de Contingência Nacional.