A actual taxa média de 6,5% de crescimento anual do Produto Interno Bruto (PIB) está em “declínio, significativamente”, devido a dificuldades de acesso a estradas revestidas, fraca extensão agrária e falta de financiamento aos sectores produtivos pela banca local. De acordo com Carlos Nuno Castel-Branco, director do Instituto de Estudos Sociais e Económicos (IESE), nos últimos dois anos, as taxas de crescimento do PIB nacional e da produção global de Nampula desaceleraram, “com a de Nampula a desacelerar menos que a nacional”, elucidou aquele economista moçambicano.
Realçou a necessidade de a mesma taxa vir a “acelerar mais para libertar e aproveitar o potencial da província e ainda melhorar as condições de vida dos seus habitantes”.
Por outro lado e apesar de a província de Nampula possuir um grande número de delegações universitárias, “estas não estão focadas na formação em especialidades produtivas”, para além de o número de escolas técnicas existentes de nível básico ser inferior ao dos estabelecimentos do ensino superior.
De acordo ainda com o economista, Nampula pode aproveitar recursos minerais como potencial de grande impacto económico e social como são os casos de fosfato, areias pesadas e produção agrícola, pecuária, pesqueira e águas minerais para o desenvolvimento de uma base de produção industrial diversificada e articulada.
Refira-se, entretanto, que Nampula recebe o correspondente a 12% do investimento privado total de Moçambique, 15% do Investimento Directo Estrangeiro (IDE), 5% do Investimento Directo Nacional (IDN) e 12% dos empréstimos e suprimentos, segundo ainda Carlos Nuno Castel-Branco.