Um grupo de 21 moçambicanos beneficiaram de bolsas de estudo para frequentar diversos cursos do ensino superior em diversas universidades portuguesas, no período lectivo 2010/2011.
Para o efeito, a embaixada de Portugal em Maputo, apresentou, quarta-feira, os estudantes moçambicanos seleccionados na atribuição de bolsas de estudo para frequência dos níveis de mestrado e doutoramento nas terras lusas.
Trata-se de 19 estudantes para o nível de mestrado e dois para o nível de doutoramento concedidas através do Programa de Cooperação entre Moçambique e Portugal, com o apoio do Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento (IPAD).
O Embaixador de Portugal, Mário Godinho de Matos, que orientou a cerimónia, vincou que a atribuição das bolsas de estudo àqueles estudantes visa contribuir para que os contemplados possam concluir os seus cursos e adquiram melhor preparação, para servirem o seu país.
“A cooperação portuguesa, ao manter e aumentar as possibilidades e o fluxo constante dos bolseiros moçambicanos em Portugal é para que estes melhorem as suas capacidades académicas e dêem um salto qualitativo nas suas vidas profissionais no futuro. Outro objectivo é equipar-lhes para enfrentarem os vários desafios do mundo globalizado, onde a informação flui, um momento onde cada vez mais pessoas têm de ter um nível de preparação cada vez mais aperfeiçoado, justamente para perceber essas mudanças do mundo que evolui rapidamente”, frisou o embaixador.
Por seu turno, o director geral do Instituto de Bolsas de Estudo, Octávio Manuel de Jesus, disse que a educação é o melhor caminho para se alcançar a riqueza através do pensamento, daí que a formação daqueles bolseiros servirá de esteio para o alcance do almejado desenvolvimento no país.
“A educação constitui o ponto mais importante para o desenvolvimento. Podemos possuir to do tipo de recursos, mas se não temos pessoas capazes de trabalhar nesses recursos, identificar ou explorar e utiliza-los em seu benefício, é como se nada tivéssemos. Então, é preciso entender também que a partir da educação nós podemos abrir caminhos para várias frentes do nosso desenvolvimento”, disse Jesus.
As bolsas contemplam docentes de instituições de ensino superior moçambicanas. Nesse contexto, a atribuição das mesmas privilegiou áreas de formação prioritárias, definidas pelo ministério moçambicano da Educação, bem como o vínculo laboral que os bolseiros mantêm com as universidades, a fim de garantir o regresso dos mesmos e desta forma fazer face à crescente necessidade de docentes devidamente qualificados nas instituições de ensino superior do país.
Estes bolseiros, cuja partida para a ‘terra de Camões’ está marcada para 12 de Outubro corrente, vão-se juntar aos cerca de 130 estudantes moçambicanos em Portugal, que actualmente beneficiam de bolsas concedidas pela Cooperação Portuguesa.