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ONU inicia investigações às violações sexuais na RDC

ONU inicia investigações às violações sexuais na RDC

Um painel estabelecido pelas Nações Unidas começa esta quinta-feira a ouvir as vítimas de violência sexual na República Democrática do Congo. Os representantes vão viajar por várias províncias do país com o objectivo de melhorar a resposta às necessidades dos afectados. Vítimas de ataques sexuais vão voluntariar-se para contarem as suas experiências e tomarem conhecimento dos serviços legais, médicos e psicológicos ao seu dispôr.

O painel da ONU inclui a Alta Comissária adjunta para os Direitos Humanos, Kyung-wha Kang, um membro do Fundo para as Vítimas do Tribunal Penal Internacional e um médico de um hospital na província de Kivu Sul, especializado no tratamento das vítimas de violação sexual. O objectivo das audiências, que podem ter lugar individualmente ou em pequenos grupos, é melhorar o tratamento, apoio e compensação que são actualmente providenciados.

A Representante Especial da ONU para a Violência Sexual, Margot Wallstrom, está também na República Democrática do Congo depois de um relatório da organização que critica os militares da missão de paz por não terem impedido uma série de violações em larga escala que tiveram lugar em Agosto. Centenas de pessoas foram violadas no leste do país durante vários dias, a uma distância de alguns quilómetros de uma base militar da ONU.

Margot Wallstrom espera que a sua visita ajude a manter as atenções a nível local e internacional deste incidente. “Infelizmente trata-se de uma repetição de eventos a que assistimos demasiadas vezes nos últimos tempos. Mas desta vez as violações tiveram lugar de uma forma premeditada.” Wallstrom acrescentou que o importante é providenciar apoio aos sobreviventes, perseguir os responsáveis e tornar as operações de paz mais eficientes de modo a evitar futuros ataques.

“Temos que nos assegurar que formamos muito melhor os militares para que se apercebam dos indícios iniciais de modo a evitarem que estas violações aconteçam.” Milhares de pessoas são violadas todos os anos na RDC, onde a violência sexual é usada de um modo geral como uma arma de guerra.

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