A “Níquel”, uma joint-venture de capitais sul-africanos e holandeses, projecta instalar uma indústria de biocombustíveis na localidade de Grudja, distrito de Buzi, na província central de Sofala. Até 2011, segundo Van Der Merwe, gestor de plantações da “Níquel”, deverão estar reunidas todas as condições necessárias para a instalação do projecto, orçado em cerca de 15 milhões de dólares norte-americanos, sete para a edificação da fábrica e o remanescente para a plantação de jatropha, numa área de cerca de 10 mil hectares.
A “Níquel” iniciou as suas actividades em Moçambique em 2008, com a plantação das primeiras áreas de jatropha, cuja colheita foi de dez mil toneladas. Na presente campanha plantou 350 hectares de jatropha, estando em preparação outros 650. “A ideia é termos mais de quatro toneladas de sementes de jatropha necessárias para a produção de 40 mil litros de biodiesel por mês. O produto final será vendido no mercado local e fora de Moçambique”, revelou Van Der Merwe, citado pelo jornal “Diário de Moçambique”.
Até ao momento, a “Níquel” já investiu em plantações cerca de quatro milhões de dólares, disse Merwe, adiantando que, se tudo correr conforme o programado, as primeiras quantidades de biodiesel estarão no mercado em 2012. “A área prevista é de dez mil hectares, mas deste total 500 hectares serão destinados a produção de culturas alimentares como milho, girassol e amendoim. Há inclusive áreas que nem podemos mexer, que estão reservadas para a conservação”, explicou. O empreendimento emprega actualmente 190 trabalhadores, efectivo que tem aumentado para 270 nos períodos de lavoura.
Este número deverá subir para cerca de mil postos de trabalho depois da conclusão das obras de edificação da fábrica. Além da garantia de novos postos de trabalho, a “Níquel” tem projectado a construção de um centro de saúde, escola e esquadra policial, bem como um centro de transferência de tecnologia agrícola, incluindo a criação de um viveiro para a população local.
