O Concelho Municipal de Nacala e o Emissor Provincial da Rádio Moçambique em Nampula estão em troca mútua de acusações pela falha da realização do programa radiofónico “Café da Manhã”, previamente preparado e alusivo ao dia daquela cidade portuária, assinalado no passado dia 16 de Setembro.
Esteve na origem da falha na transmissão do programa, onde o edil de Nacala, Chale Ossufo, era o convidado de honra, a interrupção no fornecimento de energia eléctrica àquela cidade, facto que ocorreu das 6.50h às 8.30h.
Contudo, a Rádio Moçambique, que havia criado todas as condições técnicas, movimentando o seu pessoal da cidade de Nampula à Nacala-Porto, diz que o presidente é quem “gazetou” ao programa, pois que, mesmo com o corte de energia, havia outras alternativas para a transmissão do programa, que seria o uso de telefonia móvel.
Mas, o que aconteceu foi que quando chegou a hora do programa, 7h30m, Chale Ossufo não se encontrava na subdelegação da Rádio Moçambique em Nacala, fazendo-se presente apenas cinco minutos mais tarde, depois de o jornalista que iria realizar a entrevista, Vitorino Cumbucane, ter anunciado ao País que até aquele momento o presidente municipal não havia chegado.
Na sequência da ausência “inexplicada” do edil, o realizador do programa, o jornalista Emílio Manhique, teve que improvisar um seu “convidado”, ante a decepção de inúmeras pessoas que queriam ouvir de Chalé Ossufo, a radiografia da vida de Nacala- Porto, em todos os seus aspectos.
O delegado da RM em Nampula, João Matola, responsabilizou o edil de Nacala pela não realização do “Café da Manhã” naquele dia, lamentando a atitude de Chalé Ossufo, pois que mobilizamos todos os recursos, humanos e materiais, para que o programa se realizasse.
Matola prosseguiu afirmando que quando alguém é convidado para o Café da Manhã deve chegar 10 ou 20 minutos antes da hora, até, se for necessário, conversar com o jornalista sobre os últimos detalhes da conversa. Mas, não foi isso o que aconteceu com o presidente do Município de Nacala, e ele não pode evocar a falta de energia eléctrica porque nós temos sempre alternativas, explicou João Matola.
Por outro lado, Chale Ossufo considera de má fé tais acusações, sublinhando que desde o início foi muito cooperativo para a realização efectiva desse programa. Disse que chegou a tempo ao local da transmissão da entrevista e fui eu, pessoalmente, a ir procurar um gerador para resolver a questão de energia.
Não sei com que intenções eles me fazem essas acusações – exclamou, questionando, adiante, que como é que dizem que eu não estava interessado em falar se fui eu que criei as condições de alojamento para os técnicos da RM e outras despesas.
Depois que a RM e os moçambicanos falharam “tomar o café” com Chale Ossufo, transpiraram, em Nacala – Porto, informações segundo as quais o edil teve receios de ser “bombardeado” com perguntas de pessoas previamente preparadas, tanto por seus opositores internos como de outros partidos, devido aos seus supostos deslizes na governação municipal.